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Alberto Fernández toma posse e promete reforma da Justiça e do setor de inteligência

10.12.19 14:02

O peronista Alberto Fernández (foto) assumiu a presidência da Argentina nesta terça-feira, 10, ao lado de sua vice-presidente, Cristina Kirchner.

Após vestir a faixa presidencial, Fernández fez um discurso no Congresso. Um dos momentos de maior êxtase foi quando ele prometeu uma reforma integral da Justiça e do setor de inteligência.

Fernández acusou o governo de seu antecessor, Mauricio Macri, de conduzir o aparato judicial para perseguir opositores. “Nós assistimos a perseguições indevidas, que foram silenciadas por uma certa complacência da mídia. Por isso, venho a manifestar frente a essa Assembleia e ao povo argentino um contundente ‘nunca mais’. Nunca mais a uma Justiça contaminada pelos serviços de inteligência. Nunca mais a uma Justiça contaminada por procedimentos obscuros e por linchamentos midiáticos. Nunca mais a uma Justiça que judicializa processos para eliminar o adversário do momento”, disse Fernández.

Cristina Kirchner, que governou o país de 2007 e 2015, foi acusada em mais de dez processos de cometer diversos crimes, como corrupção, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro.

O novo presidente também disse que reformará o setor de inteligência. No último ano do governo de Cristina Kirchner, o procurador federal Alberto Nisman foi assassinado em sua casa. Ele investigava o atentado terrorista promovido pelo Hezbollah no prédio da Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em 1994, que deixou 85 mortos. Em 2013, Cristina costurou um acordo com o Irã em que o país, que financia o Hezbollah, participaria das investigações do caso. Nisman denunciou Cristina e outros funcionários do governo por tentar acobertar os autores do atentado. Em decisões em duas instâncias, a Justiça argentina entendeu que ele foi morto por causa dessa denúncia. Durante o governo de Macri, Cristina foi acusada de traição à pátria.

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  1. A direita argentina terá uma bancada grande na assembleia nacional. Podem tentar um impeachment do novo presidente caso ele atente contra a autonomia do judiciário. O problema é a vice dele então ter que assumir...

  2. País sem dinheiro e eles aproveitam para criar mais Ministérios. Lembra muito os governos anteriores do Brasil, onde criavam novas pastas para o toma lá dá cá com os demais partidos. Pobre Argentina.

  3. Reformar a justiça. É o que o STF está tentando aqui no Brasil. Lá é pra proteger a verdadeira presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Aqui é pra proteger o grupo que compõe a ORCRIM

  4. Argentina recomeça hoje novo período de obscurantismo político, de corrupção, de regressão econômica e pobreza generalizada. Infelizmente, nossos vizinhos não sabem, como os brasileiros, votar. Adoram bandidos prolixos e seguidamente os prestigiam.Não aprendem.

  5. será que vai fazer reforma do judiciário como Lula fez escolhendo pessoas sem qualificação que foram reprovadas em concursos públicos para aparelhamento da justiça j

  6. Apoiamos com dentes e unhas o que temos de bom para que esses Narco políticos não voltem ao poder no Brasil. Apoiemos o Sérgio Moro e o pessoal da Lava Jato

  7. ''Reforma da Justiça'', diga-se, uma ajudinha para livrar a cara de sua vice que carrega nas costas um tanto de processos criminais.

  8. Vejam como faz falta uma justica q tenha pelo menos uma parte honesta e q enfrente os poderosos. A Argentina q ja foi o pais mais rico da America do sul, hj caminha em direcao á Venezuela. Se a justica la' funcionasse, se, ao menos, tivesse um Moro e um Dalagnol por la, a Christina K. ja estaria presa. Alem de enriquecimento ilicito, ela esta envolvida ha anos na morte de um juiz q no dia seguinte iria apresentar provas sobre uma serie de atos corruptos dela , do marido e aliados.

    1. O pior é que a venezuela também já foi o país mais rico da américa do sul, assim como cuba antes do fidel....a esquerda tem um poder de destruição inacreditável, pior que bomba atômica.

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