A JBS ataca Crusoé, mas não tem razão
Guilherme Barros, assessor informal dos irmãos Joesley e Wesley Batista e da holding da JBS, encaminhou nota à redação a propósito da reportagem de capa de Crusoé. A nota ataca a reportagem, classificando-a como "peça de ficção". Confira: "O texto publicado pela revista Crusoé com o título 'A mulher-bomba' é uma peça de...
Guilherme Barros, assessor informal dos irmãos Joesley e Wesley Batista e da holding da JBS, encaminhou nota à redação a propósito da reportagem de capa de Crusoé.
A nota ataca a reportagem, classificando-a como "peça de ficção". Confira:
"O texto publicado pela revista Crusoé com o título 'A mulher-bomba' é uma peça de ficção. A J&F só começou a tratar de acordo de leniência entre abril e maio de 2017. Logo, em novembro de 2016 seria impossível ter ocorrido o que o texto relata. Outra impossibilidade descrita é tratar de multa com juízes. Acordos de leniência, como o descrito, são incumbência do Ministério Público. O único momento em que acordos passam pela Justiça é o da homologação — em que o acerto pode ser aprovado ou rejeitado, mas jamais alterado. Essas duas falsidades demonstram o descabimento de toda a trama inventada. Ainda assim o Grupo J&F rechaça a suposição infundada de que em qualquer momento, no contexto descrito, tenha havido oferta ou abordagem indevidas."
Pois bem. Para começar, quem se referiu aos valores da multa a ser arbitrada no acordo de leniência foram os próprios participantes do encontro ocorrido na sede do IDP, o instituto do ministro Gilmar Mendes. E, como está registrado nos documentos da Polícia Federal obtidos pela revista, isso ocorreu, sim, meses antes de as tratativas formais para o acordo terem início. Foi justamente o estranhamento em torno dos valores mencionados que deu origem ao imbróglio que, em seguida, se virou contra o delegado da Polícia Federal que tentou investigar o caso.
É evidente que acordos de leniência são negociados com o Ministério Público, mas de nada valem se não forem homologados pela Justiça. E era justamente essa a questão. A nota enviada pela empresa dos notórios irmãos Batista aposta na ignorância, em uma tentativa vã de esvaziar uma história que, até hoje, está mal contada. E que pode até render novos problemas para Joesley, Wesley e companhia.
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Comentários (10)
Cris
2018-06-13 15:42:20Muito bem Rodrigo Rangel! Parabéns pelo troco.
Paulo
2018-06-11 21:31:25Parabéns Ricardo! Vem mais coisa deste mato!
WILSON
2018-06-11 21:28:09Como qualquer bandido, se declarando vítimas......
Marco
2018-06-11 19:09:05Dalide e Joesley: Ajudem o país por favor. Fale, contem tudo o que nós já imaginamos. Ajudem o país de seus filhos e netos.
Edson
2018-06-11 17:15:26Jamais concordariam.São mentirosos e corruptores reticentes.Tem o esfincter na mão.EA
Miklós
2018-06-11 14:19:40Se emende Crusoé!!!! Se tivessem culpa os irmãos metralha...ops...Batista estariam presos!!!!!!!! Algumas coisas realmente não andam bem...veja o lulinha, homem bom que tirou 600 milhoes de brasileiros da linha da pobreza, criou mais de 400 milhoes de empregos com carteira assinada....isso é Brasil....
Maurício
2018-06-11 08:47:21Estamos à mercê de uma corrupção metastizada, que futuro nos aguarda???
roberto gomes
2018-06-10 16:41:46Não dá pra afrouxar com esses caras. Ainda querem impor uma versão de integridade depois de toda a lambança que fizeram.
Marcos
2018-06-10 16:15:58A Lava jato tem prestado um serviço inestimável ao país, a nação será eternamente grata. Conseguiram chegar aos altos escalões do legislativo e do executivo, mas precisa também acertar na cabeça do judiciário, logo!
José
2018-06-10 15:24:38...espero que não seja necessário usar a "espada".Como fez o Alexandre.