À CPI, servidor aponta a sequência de erros na documentação da Covaxin
Em depoimento à CPI da Covid, o servidor William Amorim Santana, técnico da Divisão de Importação do Ministério da Saúde, revelou falhas na documentação entregue pela Precisa Medicamentos, para a importação da vacina indiana Covaxin. Assim como senadores de oposição, ele apontou erros graves nas invoices, que são as faturas de compras internacionais. Para o...
Em depoimento à CPI da Covid, o servidor William Amorim Santana, técnico da Divisão de Importação do Ministério da Saúde, revelou falhas na documentação entregue pela Precisa Medicamentos, para a importação da vacina indiana Covaxin. Assim como senadores de oposição, ele apontou erros graves nas invoices, que são as faturas de compras internacionais. Para o relator da comissão parlamentar de inquérito, Renan Calheiros, as falhas foram propositais, com o objetivo de “lavar” a propina negociada nas tratativas.
Segundo William, o primeiro documento enviado pela Precisa já trazia o nome da Madison Biotech, empresa que não figurava no contrato assinado pelo Ministério da Saúde. O servidor disse que, ao verificar a inconsistência, ligou para a fiscal do contrato, Regina Célia, e alertou ainda que havia divergência das doses previstas.
“O nome do ministério estava errado, havia muitos erros de grafia”, observou William, sobre o documento enviado em 18 de março. Segundo ele, as duas faturas seguintes também apresentavam erros, além da falta de previsão sobre envio em caixas ou frascos, ou sobre o peso da carga.
A senadora Simone Tebet, do MDB, lembrou que a empresa tentou incluir na fatura outras despesas não previstas em contrato, como o frete e o seguro da carga, no valor de quase 5 milhões de reais. O acerto não incluía também o pagamento antecipado -- a Precisa pleiteou o repasse de parte dos valores antes da distribuição dos imunizantes. “A previsão era de pagamento após a entrega”, explicou William Santana.
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