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A conta matemática que definirá as eleições do Uruguai

25.11.19 10:30

A Corte Eleitoral do Uruguai anunciou que o vencedor das eleições realizadas neste domingo, 24, só será conhecido em alguns dias.

A diferença entre o candidato com mais votos, Luis Lacalle Pou, de direita, e o segundo colocado, Daniel Martínez, de esquerda, foi de pouco mais de 1 ponto percentual, ou 28.666 votos.

O tribunal eleitoral entendeu que será preciso conferir os “votos observados”. Trata-se dos votos dos uruguaios que não puderam ir até os seus centros de votação. Entre eles estão os mesários que participaram da eleição, idosos e pessoas com algum problema de locomoção. Nestas eleições, os votos observados somaram 35 mil.

Para ser eleito presidente, o candidato da Frente Ampla, Daniel Martínez, precisaria de 81% desses votos observados para ganhar de Luis Lacalle Pou.

É um desfecho improvável. No primeiro turno das eleições, realizado em 27 de outubro, Martínez teve 26% dos votos observados. Luis Lacalle Pou conseguiu 30%. “Uma vitória de Martínez é uma possibilidade muito, muito baixa”, diz o sociólogo Rafael Porzecanski, do instituto de pesquisas Opción Consultores, em Montevidéu.

Mesmo sem a definição da Corte Eleitoral, Lacalle Pou declarou-se vencedor: “Temos a convicção que, no dia 1º de março, assumirá um novo governo”. Segundo ele, o atual presidente, Tabaré Vázquez, da Frente Ampla, telefonou para parabenizá-lo. “Devo dizer que recebi uma ligação do presidente da República. Sempre reconhecemos o republicanismo”, disse Lacalle Pou.

Daniel Martínez, da Frente Ampla, ainda não reconheceu a derrota.

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  1. Após tantos anos de governos de centro esquerda (mais esquerda que centro) é bom para o Uruguai ter um governo de centro direita que permitirá uma alternância democrática salutar com mais progresso e desenvolvimento para seu povo .

  2. Infelizmente, o resultado mostrou uma divisão equilibrada do país, entre a centro-esquerda e a direita (lúcida, não xucra como a brasileira). Assim, o resultado do parlamento uruguaio é que irá definir a capacidade da direita em governar o país; necessitará de maioria e, nessa divisão, uma maioria majorada se tornará ainda mais importante. A Argentina ficará isolada no Mercosul e fora dele.

    1. Meu argumento acima é técnico e tem fundamento. Esse Manoel abaixo é mais um dos idiotas fanáticos que pululam as mídias para destilar seu veneno e sua bílis, e, certamente, é um ignorante até do que se passa na ponta de seu nariz obtuso.

    2. Óbvio que devemos respeitar esquerdopatas cretinos. Como essa besta que o ofendeu.

    3. Não sei se teu auto-apelido foi escolhido por ti, mas que caiu como uma luva, é inegável.

  3. País dividido. Será que o parlamento também está dividido? Em Israel está uma caso sem solução por conta dessa divisão. Lá um ganhou mas não obteve maioria no parlamento, foram realizadas novas eleições, o outro ganhou , mas também não obteve maioria para governar, está formado o impasse. Que tal resolver isso com um duelo? Ou com uma partida de futebol?

    1. Lá plena democracia! Não existe essas bestas de outra linha. Se Bibi dançar entra outro democrata. Simples assim!!!!

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