Versão paz e amor de Bolsonaro distribui afagos à cúpula do Congresso
O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta terça-feira, 30, a prorrogação do pagamento do auxílio emergencial por mais dois meses. O benefício será mantido em 600 reais. Para ter validade, o decreto só precisaria do aval do chefe do Executivo, mas o texto que aumentou a vigência da ajuda a cidadãos afetados pela crise trouxe mais...
O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta terça-feira, 30, a prorrogação do pagamento do auxílio emergencial por mais dois meses. O benefício será mantido em 600 reais. Para ter validade, o decreto só precisaria do aval do chefe do Executivo, mas o texto que aumentou a vigência da ajuda a cidadãos afetados pela crise trouxe mais duas assinaturas: os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre também rubricaram o documento, a convite de Bolsonaro. A medida foi apenas uma das deferências aos parlamentares, com quem ele tenta melhorar as relações em meio ao acirramento da crise política.
Ao lado dos chefes do Legislativo, o presidente da República disse que eles formavam um “trio de peso” e fez questão de tirar uma foto posada ao lado de Maia e Alcolumbre. “Juntos, podemos fazer muito pela nossa pátria”, afirmou Bolsonaro. Ele prometeu ir ao Congresso na semana que vem para sancionar o projeto de lei que muda o Código Brasileiro de Trânsito e prorroga a validade da carteira de habilitação, uma de suas promessas de campanha.
Na sequência de afagos aos parlamentares, Bolsonaro em sua versão "paz e amor" convidou Maia e Alcolumbre para viajar ao seu lado nas próximas agendas pelo Brasil – na tentativa de afastar os problemas políticos, o presidente adotou a estratégia de viajar pelo país. “Se Deus quiser, em outros momentos estaremos juntos, pelo bem de todos nós”, acrescentou Bolsonaro.
A assinatura da prorrogação do pagamento do auxílio emergencial virou uma cerimônia pomposa por decisão do presidente, que está animado com os bons resultados da política social adotada na crise do coronavírus. “Foi o maior projeto social do mundo”, justificou, durante a solenidade no Palácio do Planalto. “Nos orgulhamos de poder ajudar, de dispender meios para socorrer esses necessitados”, acrescentou o chefe do Executivo.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o governo já gastou mais de 1 trilhão de reais no combate aos efeitos da pandemia e garantiu que o programa de investimentos e reformas será retomado. “Os mercados entendem que, em momentos extraordinários, você tem que fazer coisas extraordinárias. O fato de gastar muito não quer dizer que saímos do trilho. Estamos no meio do tiroteio, da fumaça, mas temos bússola na mão e vamos voltar para o caminho”, disse Guedes.
Segundo ele, a partir de agora, o governo vai começar a elaborar o que ele chama de “aterrissagem”, com a formatação do Renda Brasil. A iniciativa deve fundir alguns dos programas sociais já existentes.
A fala de Guedes gerou confusão porque o ministro mencionou a possibilidade de as duas parcelas anunciadas por Bolsonaro serem fracionadas em quatro prestações de 500, 100, 300 e 300 reais. Questionada sobre a divergência, a assessoria do Ministério da Economia ainda não se pronunciou.
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