MPF conclui que Adélio agiu sozinho e pede arquivamento provisório de inquérito
O Ministério Público Federal em Juiz de Fora, em Minas Gerais, pediu o arquivamento provisório do segundo inquérito sobre a participação de outras pessoas no atentado contra o presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018. Na manifestação enviada à Justiça Federal, a Procuradoria diz ter concluído que Adélio Bispo (foto) concebeu, planejou e...
O Ministério Público Federal em Juiz de Fora, em Minas Gerais, pediu o arquivamento provisório do segundo inquérito sobre a participação de outras pessoas no atentado contra o presidente Jair Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018.
Na manifestação enviada à Justiça Federal, a Procuradoria diz ter concluído que Adélio Bispo (foto) concebeu, planejou e executou sozinho a facada.
De acordo com o MPF, Adélio já estava em Juiz de Fora quando o ato de campanha foi programado. Ou seja, não se deslocou até a cidade com o intuito de atacar o presidente. Além disso, o órgão constatou que ele não tinha relações pessoais com nenhuma pessoa do município, tampouco conheceu alguém que pudesse tê-lo influenciado sobre o atentado.
O órgão sustenta, ainda, que Adélio não fez ou recebeu ligações telefônicas ou trocou mensagens com possíveis interessados na facada. Nas contas dele e de familiares, não houve movimentações financeiras incompatíveis com seus padrões de vida. O autor da facada também não recebeu recursos atípicos ou de origem desconhecida.
Apesar de o inquérito indicar que Adélio agiu sozinho, o pedido de arquivamento é provisório porque algumas diligências dependem da autorização do Supremo Tribunal Federal. Para o MPF, falta identificar a origem dos pagamentos de honorários para a defesa dele, a qual não foi contratada pelo acusado nem por seus familiares.
“Nesta investigação, também não há suspeita de participação dos advogados na infração penal. E a identificação da origem dos honorários alegadamente contratados faz-se igualmente necessária à completa elucidação do fato. Trata-se da linha de investigação ainda pendente, em coerência com a orientação de exaurimento de todas as hipóteses cogitadas”, diz a manifestação.
Adélio encontra-se no Hospital Psiquiátrico de Custódia Jorge Vaz, em Barbacena. Ao sentenciá-lo, em junho de 2019, a 3ª Vara Federal de Juiz de Fora o absolveu por considerá-lo inimputável, ou seja, incapaz de responder pelo crime. Conforme laudo, Adélio sofre de transtorno mental delirante persistente.
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