BRICS condena ofensiva dos EUA e Israel contra alvos do Irã
Bloco, do qual o Brasil é membro, acusa os países de violarem o direito internacional

O grupo BRICS divulgou nesta terça-feira, 24, uma declaração conjunta condenando os ataques de Israel e Estados Unidos contra instalações militares e nucleares do Irã.
No documento, o bloco - que tem o regime de Teerã como um dos membros - afirma que a ofensiva israelense representa uma violação do direito internacional e da Carta da ONU.
"Ressaltamos a necessidade urgente de romper o ciclo de violência e restaurar a paz", diz trecho.
"As salvaguardas, a segurança e a proteção nucleares devem ser sempre respeitadas, a fim de resguardar as pessoas e o meio ambiente contra danos", continua.
Segundo o BRICS, as instalações nucleares iranianas têm caráter estritamente pacífico, e as normas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) devem ser respeitadas.
"O BRICS permanece comprometido com a promoção da paz e da segurança internacionais e com o fomento da diplomacia e do diálogo pacífico como único caminho sustentável", acrescenta.
Além do Brasil, integram o BRICS: Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita.
Nos dias 6 e 7 de julho, o Rio de Janeiro sediará a próxima Reunião de Cúpula do bloco.
Rivalidade entre Irã e Arábia Saudita
A presença de Irã e Arábia Saudita no BRICS chama atenção, em razão do histórico de tensões entre os dois países.
A rivalidade é marcada por disputas religiosas, econômicas e geopolítico.
O Irã é uma república islâmica da vertente xiita, enquanto a Arábia Saudita é o berço do islamismo sunita wahabita.
Em 2016, a ditadura saudita cortou relações diplomáticas com Teerã após a execução de um clérigo xiita e do ataque à embaixada na capital iraniana por manifestantes.
Além disso, os dois países são grandes produtores de petróleo e disputam o mercado energético.
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