Apoio à oposição venezuelana é "dever moral", diz Parlamento Europeu
Deputados renovaram restrições ao alto escalão do regime chavista e convocaram os países do bloco a apoiarem Edmundo González Urrutia
O Parlamento Europeu aprovou uma resolução que amplia as sanções ao ditador Nicolás Maduro e insta o regime chavista a revogar o mandado de prisão contra o presidente eleito da Venezuela, Edmundo González Urrutia.
Na votação, 374 deputados foram a favor e 53 contra.
Houve 63 abstenções.
"O regime de Nicolás Maduro é ilegítimo e a sua presidência é uma tentativa ilegal de permanecer no poder pela força", diz comunicado.
Os deputados pedem ainda a publicação das atas da eleição de 28 de julho de 2024, que até hoje não foram divulgadas pelo regime.
"Manifestando o total apoio às investigações do Tribunal Penal Internacional sobre os crimes cometidos pelo regime venezuelano, os deputados solicitam à UE e aos países da UE a que se coloquem incondicionalmente do lado das forças democráticas da Venezuela, como é seu dever moral, e a fazerem tudo o que estiver ao seu alcance para restabelecer a democracia no país", diz trecho da nota.
Sanções
Em janeiro deste ano, o Parlamento decidiu renovar até 10 de janeiro de 2026 as medidas restritivas contra o alto escalão da ditadura venezuelana.
A medida afeta 15 pessoas, entre as quais integrantes do Conselho Nacional de Eleições da Venezuela (CNE), membros do judiciário e das forças de segurança.
Funcionários do regime terão os bens congelados e não poderão realizar movimentações financeiras em países do bloco europeu.
Além disso, todos os 69 integrantes já sancionados ficarão proibidos de viajar para ou dentro da União Europeia.
Desde novembro de 2017, o parlamento introduziu medidas restritivas aos participantes da tirania de Maduro.
Sem legitimidade
A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, ressaltou a importância da resolução aprovada pelos deputados europeus:
"Absolutamente OPORTUNA e FIRME esta resolução de hoje do Parlamento Europeu, a qual reafirma seu apoio à nossa soberania popular.
O mundo sabe que o presidente da Venezuela é Edmundo González Urrutia, porque os venezuelanos também decidiram em 28 de julho.
Nós somos claros: fazer o que fez Maduro não pode ter um ápice de legitimidade.
Ao contrário, a cada dia são descobertas e denunciadas mais crimes do regime.
Cada dia eles estão mais isolados e eles sabem.
Força. seguimos adiante", escreveu no X.
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