Na ONU, Javier Milei mostra que é a nêmesis de Lula
Em sua estreia na Assembleia-Geral da ONU, o presidente argentino criticou Venezuela e Cuba, além de defender Israel
O presidente da Argentina, Javier Milei (foto), fez seu primeiro discurso na Assembleia-Geral da ONU nesta terça, 24.
Em sua fala, o economista libertário mostrou que está do lado oposto do presidente brasileiro Lula nas principais questões internacionais.
Enquanto Lula criticou a ONU por não agir o suficiente nas questões globais, Milei reclamou dessa organização por interferir demasiado na vida das pessoas.
"Em algum momento, e como isso geralmente acontece com a maioria das estruturas burocráticas que
homens que criamos, esta organização deixou de salvaguardar os princípios delineado na sua declaração de fundação e começou a sofrer mutações. Uma organização que havia sido pensada essencialmente como uma escudo para proteger o Reino dos Homens foi transformado em um Leviatã com muitos tentáculos, que busca decidir não só o que deve cada Estado-Nação, mas também como todos os cidadãos do mundo. É assim que partimos de uma organização que buscava a paz para uma organização que impõe uma agenda mensagem ideológica aos seus membros, sobre uma infinidade de temas, que tornam o vida do homem na sociedade", afirmou o argentino.
Milei falou de um "modelo de governo supranacional de burocratas internacionais que tenta impor aos cidadãos do mundo uma maneira específica de viver".
Segundo o argentino, esse modelo supranacional da ONU teria um padrão socialista e foi condensado na Agenda 2030, um plano de ação estabelecido em 2015 com uma lista de 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS).
"A Agenda 2030, embora bem intencionado em seus objetivos, nada mais é do que um programa de governo supranacional, de natureza socialista, que visa resolver o problemas da modernidade com soluções que ameaçam a soberania dos Estados Nacionais e violam o direito à vida, liberdade e propriedade do povo. É uma agenda que visa resolver a pobreza, a desigualdade e a discriminação com legislação que tudo o que faz é aprofundá-los. Porque a história do mundo mostra que a única forma de garantir a prosperidade é limitar o poder do monarca, garantindo a igualdade perante a lei e defendendo o direito à vida, à liberdade e à propriedade dos indivíduos", disse Milei.
O libertário também condenou as ditaduras de Venezuela e de Cuba.
"Nesta mesma casa que afirma defender os direitos humanos, permitiu-se a entrada, no Conselho de Direitos Humanos, de ditaduras sangrentas como a de Cuba e da Venezuela, sem a menor censura. Nesta mesma casa que afirma defender os direitos das mulheres, permitiu-se a entrada no Comitê para a Eliminação da Discriminação contra as mulheres, de países que punem as suas mulheres por mostrarem a pele. Nesta mesma Câmara, sistematicamente, votaram contra a Estado de Israel, que é o único país do Médio Oriente que defende democracia liberal", disse Milei.
Lula é exatamente o seu oposto: não citou a Venezuela, defendeu Cuba e atacou Israel.
Leia em Crusoé: Lula ignora Venezuela, defende Cuba e ataca Israel
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