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Alemanha anuncia maior controle na fronteira

O governo da Alemanha anunciou, nesta segunda-feira, 9 de setembro, novas medidas de controle ao trânsito em suas fronteiras. As autoridades poderão fazer revistas nas divisas oeste e norte por seis meses. As fronteiras leste e sul já estão sob essa política de controle. A medida, que visa a restringir a entrada terrestre de refugiados, é...

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Redação Crusoé
3 minutos de leitura 09.09.2024 17:26 comentários 0
Thomas Wolf via Wikimedia Commons

O governo da Alemanha anunciou, nesta segunda-feira, 9 de setembro, novas medidas de controle ao trânsito em suas fronteiras.

As autoridades poderão fazer revistas nas divisas oeste e norte por seis meses. As fronteiras leste e sul já estão sob essa política de controle.

A medida, que visa a restringir a entrada terrestre de refugiados, é consequência do ataque a faca no oeste alemão. Um homem sírio de 26 anos confessou o crime, que resultou em três mortes.

“Estamos a reforçar a nossa segurança interna através de ações concretas e continuamos a nossa posição dura contra a migração irregular”, disse a ministra do Interior, Nancy Faeser.

Em referência à União Europeia, que tem política de livre circulação de pessoas entre alguns de seus países membros, incluindo a Alemanha, Faeser afirmou: “Até conseguirmos uma forte proteção das fronteiras externas da União Europeia com o novo Sistema Europeu Comum de Asilo, devemos aumentar ainda mais os controlos nas nossas fronteiras nacionais”.

Direita populista avança na Alemanha

A Alternativa para a Alemanha (AfD) obteve um resultado histórico ao vencer, pela primeira vez, uma eleição estadual no país desde a Segunda Guerra Mundial.

O partido, que defende políticas populistas e nacionalistas, garantiu a vitória na Turíngia neste domingo, sob a liderança de Björn Höcke, uma das figuras mais radicais da legenda. Na Saxônia, a AfD ficou em segundo lugar, logo atrás da União Democrata-Cristã (CDU), que lidera a oposição nacional.

Os eleitores, insatisfeitos com o governo de Olaf Scholz, expressaram seu descontentamento com a coalizão governamental, que não conseguiu superar a marca de 15% dos votos nos dois estados. A economia estagnada, a inflação elevada e as críticas à política migratória e ao apoio militar à Ucrânia contribuíram para o crescimento dos partidos populistas no leste da Alemanha.

A vitória da AfD não só fragiliza o governo de Scholz, mas também coloca a CDU em uma posição delicada. Com mais de um terço dos assentos no parlamento estadual da Turíngia, a AfD poderá dificultar a formação de governos estáveis. Até o momento, nenhum partido está disposto a se aliar à AfD, o que complica ainda mais o cenário político local.

Esses resultados adicionam mais pressão sobre Scholz, que já enfrentava dificuldades após os péssimos desempenhos nas eleições para o Parlamento Europeu em junho. Com uma nova eleição estadual em Brandenburg prevista para o final deste mês, o governo federal pode enfrentar mais uma derrota, aumentando o clima de incerteza política na Alemanha.


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