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María Corina Machado: "Podemos entregar as atas eleitorais ao governo do Brasil"

A líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado (foto), se dispôs a entregar ao governo brasileiro as atas de apuração própria das eleições presidenciais venezuelanas de 28 de julho. "Podemos entregar as atas eleitorais ao governo do Brasil, e a qualquer outro governo do mundo que quiser constatar a validez do que temos", disse...

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Redação Crusoé
4 minutos de leitura 07.08.2024 16:51 comentários 4
María Corina Machado Venezuela convocatória

A líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado (foto), se dispôs a entregar ao governo brasileiro as atas de apuração própria das eleições presidenciais venezuelanas de 28 de julho.

"Podemos entregar as atas eleitorais ao governo do Brasil, e a qualquer outro governo do mundo que quiser constatar a validez do que temos", disse María Corina em entrevista a O Globo, publicada nesta quarta-feira, 7 de agosto.

A líder opositora voltou a cobrar o regime de Nicolás Maduro a divulgar as atas das seções eleitorais.

O órgão eleitoral venezuelano, Conselho Eleitoral Nacional (CNE), que declarou vitória de Maduro, não apresentou nada até a tarde desta quarta, passadas mais de duas semanas do pleito. O CNE é controlado pelo chavismo.

"Que obriguem o regime a entregar suas atas. Essas atas seriam a prova da fraude, as nossas são a prova da vitória de Edmundo", afirmou María Corina, em referência ao candidato da oposição, o diplomata Edmundo González Urrutia.

"O CNE tinha 48 horas, e os prazos venceram. Recorreram ao Tribunal Superior de Justiça e a uma sala eleitoral que não têm competência. O que estão fazendo é inconstitucional. A responsabilidade é do CNE", acrescentou.

Apuração da base de María Corina e González aponta vitória do candidato opositor com 67% dos votos.

Ainda em 29 de julho, dia seguinte à eleição, a líder da oposição já havia declarado vitória de seu candidato.

"Claro que existe medo"

Na entrevista ao Globo, María Corina também comentou o clima de tensão no país: "Claro que existe medo, não seria racional não ter medo".

Ela ainda voltou a falar da relevância do apoio internacional à defesa da democracia na Venezuela.

"O importante é que, com a consciência de ser a maioria que somos, encontramos maneiras de superar o medo. É muito importante que a comunidade internacional tenha uma posição firme, que nos mostre que não estamos sozinhos", disse.

"Importante todas as vozes independentes, com credibilidade, que querem evitar uma escalada de um conflito violento da Venezuela, possam se envolver e contribuir para que a verdade prevaleça. E vai prevalecer", acrescentou.

Presidentes pressionam Lula

Um grupo de 29 ex-chefes de Estado pediu na sexta-feira, 2 de agosto, aos presidentes do Brasil, Lula, e da Colômbia, Gustavo Petro, que reconheçam a vitória de Edmundo González Urrutia nas eleições da Venezuela.

Em carta, ex- dirigentes da Iniciativa Democrática de Espanha e das Américas (IDEA) citam as limitações impostas pelas autoridades eleitorais venezuelanas ao longo do processo “minado” que terminou por declarar a reeleição de Nicolás Maduro por mais cinco anos.

“A única coisa que pode ser feita é reconhecer o status de Edmundo González Urrutia como presidente eleito da Venezuela, após verificação pelos órgãos técnicos eleitorais internacionais”, afirmam os ex-dirigentes.

Eles também classificaram como “grave” o comportamento do regime venezuelano de repressão, “com mortos, feridos, presos e desaparecidos, do seu povo, que apenas exige o respeito pela sua vontade soberana”.

Lamentaram ainda que Maduro tenha pedido as prisões de Edmundo González e da líder oposicionista María Corina Machado.

Os ex-presidentes afirmaram ainda que a situação na Venezuela não se trata apenas de um dilema sobre uma possível fraude eleitoral ou de um escrutínio pendente de conclusão, mas de “um ato ou comportamento que, de forma flagrante e descarada, destrói e desrespeita a ordem constitucional e legal através de uma grave alteração da democracia”.

Entre os signatários da carta estão a ex-presidente do Panamá Mireya Moscoso e o boliviano Jorge Tuto Quiroga, que foram impedidos pelo regime de Maduro de embarcar em voo para Caracas, onde pretendiam participar como observadores eleitorais das eleições venezuelanas.

Também assinam a carta Mario Abdo, Federico Franco e Juan Carlos Wasmosy (Paraguai); José María Aznar e Mariano Rajoy (Espanha); Nicolás Ardito Barletta e Ernesto Pérez Balladares (Panamá); Felipe Calderón e Vicente Fox (México) e Iván Duque, Andrés Pastrana e Álvaro Uribe (Colômbia).

Como mostramos, pelo menos oito países reconheceram o candidato da oposição Edmundo González como o vencedor das eleições presidenciais na Venezuela.

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Comentários (4)

Amaury G Feitosa

2024-08-09 08:30:24

O que a ditadura tupi vai fazer com as atas? se nem depois de Maduro acusar fraude na eleição do nosso Sun este reagiu com dignidade vai defender o povo venezuelano? esperemos deitados que a ditadura dos três poderes poderes vai fazer o mesmo e não demora.


JOÃO

2024-08-09 07:41:35

Entregar as Atas ao Lula é um risco.....


Renata

2024-08-08 08:21:41

Não entendi por que o “governo” venezuelano não entrega simplesmente atas adulteradas e pronto…


MARCOS ANTONIO RAINHO GOMES DA COSTA

2024-08-07 18:50:15

SE ENTREGAREM AS ATAS AO GOVERNO BRASILEIRO, AS ATAS VÃO SUMIR.


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