O significado da morte de Haniyeh, que dizia: "Precisamos desse sangue"
Após o atentado do Hamas que deixou 1.200 mortos no dia 7 de outubro, Israel deflagrou uma guerra na Faixa de Gaza com a promessa de "derrotar o Hamas" e recuperar os reféns. A morte do terrorista Ismail Haniyeh em Teerã nesta terça, 30, ainda não é o fim do Hamas, mas é quase isso....
Após o atentado do Hamas que deixou 1.200 mortos no dia 7 de outubro, Israel deflagrou uma guerra na Faixa de Gaza com a promessa de "derrotar o Hamas" e recuperar os reféns. A morte do terrorista Ismail Haniyeh em Teerã nesta terça, 30, ainda não é o fim do Hamas, mas é quase isso. Além do mais, sua morte elimina qualquer possibilidade de o grupo terrorista cantar vitória, como fez depois do atentado há dez meses.
Haniyeh é o último e mais importante membro de uma longa lista de terroristas eliminados em dez meses de guerra.
Independente de qual tenha sido o cálculo do Hamas antes de iniciar o ataque em 7 de outubro, não há a menor dúvida de que o grupo foi duramente penalizado pelo que fez, com quase todas as suas lideranças eliminadas. Resta apenas Yahya Sinwar, escondido em algum túnel da Faixa de Gaza.
Levando uma vida confortável em um hotel de luxo do Catar, Haniyeh era visto como o principal nome do grupo, ainda que sua autoridade na Faixa de Gaza fosse limitada. No enclave palestino, reinavam principalmente Yahya Sinwar e Mohammed Deif.
Nas horas que se seguiram ao ataque a Israel em 7 de outubro, Sinwar e Deif correram para se esconder nos túneis da Faixa de Gaza, já prevendo uma operação militar das Forças de Defesa de Israel. Haniyeh, então, era quem mais aparecia dando declarações, protegido no Catar.
Entre suas frases mais polêmicas, gravadas em vídeo, Hanieyh proibiu que os palestinos da Faixa de Gaza deixassem o enclave, sugerindo que eles queriam se oferecer como mártires. "Somos nós que precisamos desse sangue, para que ele desperte o espírito revolucionário entre nós", afirmou Hanieyh para um canal de televisão libanês.
Ironicamente, ele acabou tornando-se um "mártir" a contragosto na noite desta terça.
“Precisamos desse sangue”, diz o líder do Hamas Ismail Haniyeh sobre civis palestinos em canal de televisão do Hezbollah. pic.twitter.com/7UpIMXJD9U
— O Antagonista (@o_antagonista) October 27, 2023
A morte de Haniyeh é significativa não apenas porque ele estava no topo da organização terrorista Hamas, mas também porque ocorreu em Teerã, a capital iraniana.
A sofisticação do ataque expôs a vulnerabilidade dos iranianos e golpeou o orgulho dos seus militares, uma vez que nenhum lugar mais parece seguro para eles.
Na ação, um edifício da Guarda Revolucionária Iraniana foi atingido por um míssil misterioso, ou por vários mísseis, que mataram apenas Haniyeh e seu guarda-costas. Quem quer que tenha conduzido essa operação demonstrou uma capacidade incrível de ação, em plena capital iraniana. O fato de que Haniyeh não vive em Teerã também mostra uma inteligência muito aprimorada para conseguir saber exatamente onde ele estava e com quem.
Histórico
A lista de terroristas neutralizados este ano é longa.
Em janeiro, Saleh al-Arouri, o líder do Hamas na Cisjordânia, foi morto por um drone em Beirute. Arouri era subordinado a Haniyeh.
Em abril, dois generais iranianos foram mortos em um ataque em um edifício ao lado do consulado iraniano, na Síria.
Em meados de julho, Israel provavelmente eliminou Mohammed Deif, o principal membro militar na Faixa de Gaza do Hamas
Nesta terça, 30, Israel eliminou um comandante militar do grupo terrorista libanês Hezbollah, Fuad Shukur, um assessor direto do chefão Hassan Nasrallah. Também conhecido como "chefe de gabinete" de Nasrallah, Shukur era quem comandava o projeto de mísseis precisos do Hezbollah. O ataque que o neutralizou ocorreu na periferia de Beirute, capital do Líbano.
Resposta iraniana
O líder-supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, prometeu dar uma resposta à morte de Haniyeh.
“O regime sionista criminoso e terrorista martirizou nosso querido hóspede dentro de nossa casa e nos deixou tristes, mas abriu caminho para que uma punição severa seja imposta a eles”, disse o líder-supremo em uma mensagem oficial.
Mas, mesmo que o Irã tente alguma ação militar, provavelmente via Hezbollah, será difícil para o Hamas cantar vitória desta vez.
A morte de Haniyeh foi a principal conquista na tentativa de derrotar o Hamas.
O alvo agora está em Yahya Sinwar.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (4)
Sonia Martha
2024-07-31 13:51:25BOA!!! Finalmente, uma ÓTIMA notícia.❤️ Agora só falta eliminar Sinwar😈 PARABÉNS a Israel, Mossad e aos informantes na Diáspora❣️❤️🇮🇱❤️🇮🇱❤️🇮🇱❤️🇮🇱❤️🇮🇱❤️🇮🇱❤️
FRANCO
2024-07-31 12:44:26Um absurdo o nosso querido vice presidente ser constrangido a participar da posse de um presidente de um país terrorista. É flagrante o nosso governador constrangido na serimonia. Presentes só Párias terrorista. Sr. Alckmin, o Sr. Não precisa passar por isso. Diga que não vai, não é sua praia. O sr ganha, nada perde.
FRANCO
2024-07-31 12:33:40Presta a atenção, Irã. Tu vai gagar fora do pânico. Para de apoiar terrorista, SE QUISER CONTINUAR COMO PAIS. OS URUBUS ESTAO DE OLHO. TEU PAIS, FALSO LIDER RELIGIOSO, PODE SER FATIADO ENTRE OS VIZINHOS. NAO TE ILUDE.
FRANCO
2024-07-31 12:26:16AVANTE, ISRAEL. DUAS OUTRES BONBAS NUCLEARES NO IRA RESOLVE. OS RAYOS DAS MILIAS VAO EMBORA. OCUPE GAZA E CISJORDANIA PARA NUNCA MAIS DEVOLVER. PONTO.