Guerrilheiros explicam aumento no desmatamento da Colômbia em 2024
A Colômbia viu, nos três primeiros meses de 2024, um aumento preocupante no tamanho da área desmatada em suas florestas tropicais. Dados apresentados nesta quinta-feira, 11, pelo Ministério de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do país, mostraram aumento de 40% na área desmatada, na comparação com os três primeiros meses do ano passado. Para o...
A Colômbia viu, nos três primeiros meses de 2024, um aumento preocupante no tamanho da área desmatada em suas florestas tropicais. Dados apresentados nesta quinta-feira, 11, pelo Ministério de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do país, mostraram aumento de 40% na área desmatada, na comparação com os três primeiros meses do ano passado.
Para o governo, os culpados são os guerrilheiros do Estado Mayor Central (EMC), braço de guerrilheiros que atuam nas áreas rurais do país. Disputas territoriais — e uma estratégia do grupo para pressionar o governo a negociar — teriam gerado ameaças do grupo a moradores de áreas rurais, que passaram a derrubar mais cobertura vegetal nativa para a agricultura e pecuária.
"Desde outubro do ano passado até este período, depois de termos recuperado a confiança do campesinato em três departamentos (estados)", começou a ministra do Meio Ambiente do país, Susana Muhamad, "começou uma disputa territorial com o EMC, pela legitimidade frente ao campesinato. Também nos foi informado que se está restringindo a entrada dos funcionários do Sistema Nacional Ambiental e que, de outubro para cá, a situação piorou."
A ministra disse que o Estado não deixará de atuar nas áreas onde há pressão do EMC, mas pediu bom senso e disse que o meio ambiente não está no centro do conflito dos humanos.
O EMC, até pouco tempo, era um aliado na causa ambiental. Em 2022, o grupo havia banido o desmatamento, quando o governo de Gustavo Petro tomou posse. A partir disso, os dois lados passaram a sentar-se à mesa e negociar.
O fim do banimento mostra, antes de tudo, a dificuldade de negociações com o governo de esquerda. O presidente colombiano — que será visitado por Lula na próxima semana— já encontra dificuldades em série com seu gabinete de ministros e com seu próprio filho, acusado de ter recebido dinheiro do narcotráfico do país para manter uma vida de luxo.
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