Republicanos não chegam a consenso sobre Jim Jordan (de novo)
Jim Jordan perdeu de novo. Ele havia anunciado, nesta quinta-feira (19), que não tentaria ser escolhido pela terceira vez, entre os Republicanos, como presidente da Câmara dos Representantes dos EUA. O deputado por Ohio havia perdido as duas primeiras mas, em uma surpreendente reviravolta, voltou atrás e decidiu tentar uma terceira votação, na manhã desta...
Jim Jordan perdeu de novo.
Ele havia anunciado, nesta quinta-feira (19), que não tentaria ser escolhido pela terceira vez, entre os Republicanos, como presidente da Câmara dos Representantes dos EUA. O deputado por Ohio havia perdido as duas primeiras mas, em uma surpreendente reviravolta, voltou atrás e decidiu tentar uma terceira votação, na manhã desta sexta-feira (20).
A votação fracassada é mais um episódio embaraçoso para o partido de oposição — que tem a maioria da Casa, mas está tão fraturado internamente que não chega a um consenso sobre quem, entre os seus, deveria comandá-la. Há três semanas, desde que destituiu Kevin McCarthy (Califórnia) do cargo, os Republicanos não entram em acordo, e a Câmara está parada.
Neste terceiro referendo, Jordan mostrou que não consegue segurar nem sua própria base de apoio: ele teve 25 votos contrários entre os Republicanos. Na segunda, eram 22 votos contrários e, na primeira tentativa, 20.
Um dos principais aliados do ex-presidente Donald Trump dentro da Câmara dos Representantes — e o principal articulador entre os parlamentares mais linha-duras ligados a ele — Jordan é a segunda opção do partido após a inédita retirada de um speaker, como é conhecido o presidente da Casa. O primeiro, Steve Scalise (Louisiana) passou por um constrangimento parecido: em votações secretas, os parlamentares indicavam dar apoio a ele. No escrutínio público, isso não ocorreu.
O relógio joga contra a oposição neste caso — e mesmo soluções de curtíssimo prazo são aventadas. Uma delas é deixar o cargo com Patrick McHenry (Carolina do Norte), que ocupa o cargo de maneira temporária. Com sua ascensão ao cargo, a Câmara voltaria ao seu ritmo normal, a tempo de iniciar negociações sobre um novo repasse de verbas ao governo, que pode parar no meio do mês que vem.
Hoje, em discurso, Biden cobrou 21 bilhões de dólares (ou bilhões de reais) para dividir igualmente entre as frentes da guerra da Ucrânia e de Israel. É a Câmara que deve permitir o aporte.
Ainda é incerto se Jordan passará pelo mesmo calvário de Kevin McCarthy, que havia sido eleito em janeiro deste ano. Entre os Republicanos, ele precisou de 15 votações para obter a maioria necessária.
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Comentários (2)
Glauco Henrique Balthazar Nardotto
2023-10-20 16:37:52esse papo de que nao ha consenso é mentira. os tranpistas querem forçar uma paralizacao do gov para ver se conseguem um desgaste do atual gov e quem sabe tirar proveito disso nas eleicoes ano que vem
Samuel Pastora Souza
2023-10-20 13:53:00Reflexo do radicalismo do trumpismo...