Ministério da Saúde passará a gravar reuniões com representantes de empresas
Comandado por Marcelo Queiroga, o Ministério da Saúde anunciou na manhã desta quarta-feira, 30, a decisão de passar a filmar reuniões entre funcionários e representantes de empresas responsáveis pela prestação de serviços e fornecimento de insumos. A medida faz parte do "Plano de Integridade", que vai vigorar na pasta em 2022 e 2023. "A gente...
Comandado por Marcelo Queiroga, o Ministério da Saúde anunciou na manhã desta quarta-feira, 30, a decisão de passar a filmar reuniões entre funcionários e representantes de empresas responsáveis pela prestação de serviços e fornecimento de insumos. A medida faz parte do "Plano de Integridade", que vai vigorar na pasta em 2022 e 2023.
"A gente vai fazer uma sala específica para que os profissionais do ministério recebam o setor privado. Não vai mais existir receber setor privado na sua sala. Vai ter uma sala com câmeras de vídeo. A gente vai regulamentar a forma de agendar a reunião, quem pode participar, como registra, como faz atas, onde vão ficar arquivados os vídeos. A partir do momento em que tivermos o parlatório, só vai poder receber o setor privado nessa sala", explicou a diretora de Integridade da pasta, Carolina Palhares Lima.
O pacote de medidas voltado à "aplicação correta de recursos públicos" e promoção da transparência foi lançado cinco meses depois de a CPI da Covid concluir as investigações sobre as ações e omissões do governo na pandemia do coronavírus.
Durante a apuração, a comissão destrinchou o lobby por trás da negociação de vacinas e conseguiu detalhes sobre reuniões informais entre funcionários do ministério com representantes de empresas que se diziam interessadas em fornecer imunizantes, mesmo sem ter capacidade estrutural ou técnica para fazê-lo.
Ao longo da coletiva de imprensa, Marcelo Queiroga aproveitou o microfone para fazer propaganda do governo e apresentar Jair Bolsonaro como um defensor do combate à corrupção. "Tem sido assim desde que sua Excelência assumiu a Presidência da República no dia 1º de janeiro de 2019", disse. "Nós nos lembramos como era no passado", completou.
A declaração ocorreu na mesma semana em que Milton Ribeiro deixou o Ministério da Educação após a imprensa revelar a influência de pastores na liberação de verbas do orçamento da pasta -- de acordo com prefeitos, os religiosos pediam propina para intermediar encontros com o ministro e a liberação de recursos públicos.
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Comentários (3)
NIVIO
2022-04-01 12:39:31Depois de tantas falcatruas reveladas pela CPI finalmente uma medida séria. Quem não vai gostar muito disso certamente será o Bozo e sua familia.
Rodrigo Salles Batista
2022-03-30 15:47:05Ideia tão genial quanto óbvia. Todas as reuniões de todos os ministérios tinham que ser filmadas e transmitidas ao vivo pela internet. Forma fácil de acabar com a corrupção, que nunca passou pela cabeça dos presidentes por não terem jamais este interesse.
Deborah
2022-03-30 15:06:52Sr QUEIDROGA Senhor imoral na qualidade de brasileiro