Para conquistar evangélicos, relatora teve que tirar a palavra 'gênero' da reforma eleitoral
Em busca de viabilizar os 257 votos necessários para a aprovação da reforma do Código Eleitoral, a costura da relatora do projeto, a deputada Margarete Coelho, do Progressistas do Piauí, passou até mesmo pela agenda ideológica da base aliada de Jair Bolsonaro. Em uma reunião com lideranças evangélicas, durante a elaboração do texto, a parlamentar...
Em busca de viabilizar os 257 votos necessários para a aprovação da reforma do Código Eleitoral, a costura da relatora do projeto, a deputada Margarete Coelho, do Progressistas do Piauí, passou até mesmo pela agenda ideológica da base aliada de Jair Bolsonaro.
Em uma reunião com lideranças evangélicas, durante a elaboração do texto, a parlamentar ouviu que não teria apoio de deputados da bancada da Bíblia se não trocasse a palavra "gênero" pela palavra "sexo". Repleto de pastores, o grupo conta com cerca de 80 parlamentares. Normalmente, a bancada se une em pautas de costumes, como as vinculadas à chamada "ideologia de gênero".
Apesar da batalha semântica, Margarete Coelho incluiu no Código Eleitoral medidas para incentivar a participação feminina na política. O texto cria cotas para mulheres em 30% dos recursos do fundão eleitoral e mantém a atual cota de 30% de candidatas mulheres nas chapas de partidos em eleições proporcionais.
Fraudes à cota feminina passarão a ser enquadradas como abuso de poder político, o que pode derivar na cassação do cargo dos candidatos eleitos por meio da fraude. Mandatos conquistados por mulheres e negros também contarão em dobro para contabilizar os recursos a serem rateados pelo fundo partidário, que é calculado a cada quatro anos, com base no número de deputados federais eleitos pelos partidos.
O texto da reforma eleitoral proposto por Margarete Coelho, aliada de primeira hora do presidente da Câmara, Arthur Lira, e do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, traz uma série de itens polêmicos, como o que dificulta candidaturas de juízes e delegados, e diversas medidas que diminuem a transparência dos gastos da milionária verba pública destinada aos partidos.
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Comentários (10)
Carlos
2021-08-30 10:54:42o talibã evangélico dessa republica das bananas kkkkkkkkkkkkkkk
Odete6
2021-08-29 19:46:38🤔🤔🤔...Curioso.... e eu que achava que "mula-sem-cabeça" era apenas uma lenda....
Rotch
2021-08-29 05:40:32https://www.camara.leg.br/deputados/204430 Quando votam em 2023 nao esquecam de dar o troco nessa anta....
Sillvia2
2021-08-29 00:46:38Mamando os de sempre e legislando para manter a mamata… morrem de pavor de concorrer com gente honesta e qualificada que lhes tomará a cadeira! Vamos guardar em listas, por estado, dos facínoras que aprovarão esse código eleitoral… o troco virá em 2022!
Nádia
2021-08-28 20:24:30Pra agradar as evangélicas, de certo, ela mudou o projeto, pq aos evangélicos ela parece ter reservado o decote. Fala sério.. ela não é evangélica, né? As tetias quase fugindo pra cima da bancada..
Silvana
2021-08-28 20:08:37Nunca tinha ouvido falar nessa tal Margarete, mais agora já sei: é alguém para ser banida da vida pública pelo eleitor.
Odete6
2021-08-28 19:36:45É de uma obviedade escancarada, escandalosa, é tentativa de golpe!!!! 👉👉👉👉👉👉 https://www.oantagonista.com/brasil/codigo-de-lira-contra-eleicao-de-moro-e-inconstitucional/
LSB
2021-08-28 19:05:48Lixo de reforma...
MARCOS
2021-08-28 18:36:41ELA ESTÁ FAZENDO O PAPEL DE POLÍTICO, ENGANANDO O POVO. NADA DE MAIS.
Alberto de Araújo
2021-08-28 18:00:47Onde está o interesse do eleitor nesta reforma eleitoral? O que se vê é só interesses políticos partidários.Por que não coloca a liberdade de votar ou não?Por que não diminui o custo de cada pleito? Porque contraria o interesse dos políticos?