A omissão do governo Bolsonaro na adequação da legislação às exigências da Pfizer
O gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, revelou à CPI da Covid que em novembro do ano passado tratou com representantes do governo brasileiro sobre a necessidade de uma mudança na legislação para adequá-la às exigências contratuais da Pfizer. A gestão de Jair Bolsonaro, entretanto, nunca apresentou ao Congresso um projeto de...
O gerente-geral da Pfizer para a América Latina, Carlos Murillo, revelou à CPI da Covid que em novembro do ano passado tratou com representantes do governo brasileiro sobre a necessidade de uma mudança na legislação para adequá-la às exigências contratuais da Pfizer. A gestão de Jair Bolsonaro, entretanto, nunca apresentou ao Congresso um projeto de lei ou uma medida provisória para alterar a lei e permitir o início da vacinação com doses da farmacêutica americana.
Àquela época, o presidente Jair Bolsonaro poderia ter editado uma medida provisória, que entraria imediatamente em vigor, para permitir a responsabilização civil do governo brasileiro, em caso de problemas na vacinação com o produto vendido pela Pfizer, como exigia a empresa.
Em dezembro, o governo elaborou uma minuta de MP que liberava a União para assumir os riscos referentes à possível responsabilização civil. A proposta teve dois pareceres favoráveis da Controladoria-Geral da União, além do aval da Advocacia-Geral da União. O texto final da Medida Provisória 1.026 enviado ao Congresso em janeiro para facilitar a compra de imunizantes, entretanto, eliminou esse dispositivo. Com isso, o Brasil seguiu impedido de fechar a compra de vacinas da Pfizer.
O senador Randolfe Rodrigues, da Rede, lembrou à CPI que apresentou uma emenda à medida provisória para incluir a previsão legal exigida pela Pfizer. “A emenda foi rejeitada por orientação do governo na Câmara”, lembrou o senador.
Somente em março, quatro meses após as primeiras conversas a respeito do arcabouço legal brasileiro, o Congresso, por iniciativa própria, promoveu as adequações necessárias. O Legislativo aprovou um projeto de lei de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, com relatoria de Randolfe Rodrigues, que autorizou a União, os estados e os municípios a assumirem a responsabilidade de indenizar os cidadãos por eventuais efeitos colaterais provocados pelas vacinas.
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Comentários (7)
EDSON
2021-05-14 17:39:05Vocês estão brincando com o discernimento dos vossos leitores.
Paulo I
2021-05-13 19:08:50Não fosse a má-vontade reinante, o escândalo que se vê nas declarações do presidente da Pfizer seriam vistos pelo seu contrário. Escândalo é um País ter que mudar sua legislação para se adaptar ás conveniências de um fornecedor, ainda mais para livrá-lo de responsabilidade. Em qualquer Estado Democrático de Direito as empresas se ajustam ao que preceitua o ordenamento jurídico para vender seus produtos. Em 50 anos de advogado nunca ví uma aberração dessa, perpretada contra a Soberania de umpaís
Carla
2021-05-13 18:37:50E agora , quem assume a morte daquela sra grávida e seu bebe ???????
Adrianus
2021-05-13 18:25:33Turba de comentaristas ignorantes.
PAULO
2021-05-13 17:05:411.1- Bolsonaro procura uma desculpa para não ter autorizado a compra das vacinas da Pfizer, provavelmente assessorado pelo Carlos Bolsonaro, que depois de ter participado da reunião com os executivos da Pfizer, deve ter orientado o papai a declinar da proposta. Veja a que nível chegamos no nosso país. De um lado, uma farmacêutica com o seu staff de executivos. Do outro moleques, que não sabem aonde esta o buraco do c*, pelo jeito capitaneado pelo tal Carluxo. Bolsonaro é um irresponsável.
Rosileine
2021-05-13 15:21:15que jogada da turma do gabinete do ódio hein... fazer o tal do wanjarten dar uma entrevista denunciando o governo e assim chamar a atenção dos senadores da CPI, conseguir ser chamado na CPI, desmentir tudo que falou para a revista , obrigar a CPI dar voz de prisão para ele. aí provar que a CPI não vale nada, não foi preso e ainda sai rindo. ou seja Pazuello pode parar de borrar a cueca ir depor na CPI, falar um monte de mentiras ou ficar calado, pois o outro provou que não vai acontecer nada .
José
2021-05-13 15:20:01Já tá mais do que provado a omissão do presidente!!