O impacto da convocação da 'Capitã Cloroquina'
Secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro (foto), conhecida como "Capitã Cloroquina", vai depor à CPI da Covid. A pediatra deve ser a primeira profissional que ainda integra os quadros da pasta a admitir a ação coordenada do governo federal pela difusão do chamado "tratamento precoce", método que inclui o uso...
Secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro (foto), conhecida como "Capitã Cloroquina", vai depor à CPI da Covid. A pediatra deve ser a primeira profissional que ainda integra os quadros da pasta a admitir a ação coordenada do governo federal pela difusão do chamado "tratamento precoce", método que inclui o uso de medicamentos comprovadamente ineficazes contra o novo coronavírus, como cloroquina e azitromicina.
Os senadores aprovaram a convocação na manhã desta quinta-feira, 13. A secretária falará à CPI na próxima quinta-feira, 20. Mayra está no cargo desde o começo do governo Jair Bolsonaro, a convite de Luiz Henrique Mandetta. Ex-presidente do Sindicato dos Médicos do Ceará, a pediatra foi candidata ao Senado pelo PSDB em 2018, com apoio do grupo RenovaBR, mas ficou em quarto lugar.
Se, por um lado, Mayra tende a fazer uma incisiva defesa da prescrição da cloroquina e da autonomia dos médicos para a indicação do medicamento, conforme a cartilha de Bolsonaro, por outro, pode entregar elementos capazes de reforçar o arsenal da CPI contra o governo federal.
Em depoimento ao Ministério Público Federal, a secretária admitiu ter planejado a comitiva de médicos que promoveu o "tratamento precoce" em Manaus dias antes de o sistema de saúde do Amazonas entrar em colapso, após pedidos de suporte ao Ministério da Saúde.
Em razão da crise na capital manauara, Mayra, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e mais quatro agentes públicos respondem a um processo por improbidade administrativa. O MPF os acusa de omissão entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021.
Os senadores questionarão Mayra, ainda, sobre o aplicativo TrateCov, sistema que prescrevia indiscriminadamente remédios ineficazes contra o coronavírus, e sobre a ampliação da produção da cloroquina pelo laboratório do Exército. Os parlamentares ainda pretendem realizar indagações sobre a distribuição do medicamento por meio do SUS para o tratamento da Covid.
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Comentários (4)
Ricardo
2021-05-13 19:30:21bla, bla, bla, bla! seus imbecis! vai procurar o q fazer! bolso.22. e cloroquina nos seus r...
João
2021-05-13 15:12:17Será que o vagabundo vai pedir a prisão?
TONI FERREIRA
2021-05-13 12:08:06Quer dizer que se prescreve remédios com graves efeitos colaterais aqui no Brasil somente porque o Presidente manda. O Presidente é cientista da área de Medicina, por acaso? Esse remédio, cujo principio ativo é conhecido como COMPRIMIDOS DE QUININO desde a Pandemia de Gripe Espanhola de 1918-1920 deve ser usado após diagnóstico médico e tem conhecido efeito contra a malária. Jamais se pode medicar alguém preventivamente a não ser com vacina. Será que somos mesmo um país de ignorantes?
Albino
2021-05-13 12:02:44Enquanto isso o Pazuello treina para prestar esclarecimentos na CPI?!