Possível saída de Fachin da Segunda Turma do STF pode mudar rumos da Lava Jato
A intenção de Edson Fachin (foto) de migrar da Segunda para a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, comunicada a Luiz Fux nesta quinta-feira, 15, pode mudar os rumos da Lava Jato, que sofreu uma sequência de reveses na corte ao longo dos últimos meses. Presidida por Gilmar Mendes, a Segunda Turma tem perfil garantista...

A intenção de Edson Fachin (foto) de migrar da Segunda para a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, comunicada a Luiz Fux nesta quinta-feira, 15, pode mudar os rumos da Lava Jato, que sofreu uma sequência de reveses na corte ao longo dos últimos meses.
Presidida por Gilmar Mendes, a Segunda Turma tem perfil garantista e derrubou dezenas de inquéritos e ações penais abertas pelas forças-tarefa de Curitiba, São Paulo e Rio. A Primeira Turma, por outro lado, é considerada mais rígida em matéria penal.
A movimentação de Fachin, porém, não está garantida. O ministro pleiteia a vaga de Marco Aurélio Mello, que se aposenta em 5 de julho, mas vai consegui-la somente se os três magistrados mais antigos da corte que integram a Segunda Turma -- Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia -- não manifestarem o mesmo interesse.
Pelo regimento interno do STF, caso Fachin, de fato, vá para a Primeira Turma, levará consigo parte do acervo da Lava Jato. A Segunda Turma permaneceria competente somente pelo julgamento de casos já iniciados -- para a avaliação desses processos, o ministro voltaria ao colegiado esporadicamente.
Há, ainda, uma segunda opção. Técnicos da presidência avaliam que, pela condição de relator, caso Fachin deseje, pode reivindicar a manutenção da integralidade do acervo da Lava Jato na Segunda Turma, o que resultaria na redistribuição das ações a outro relator. O colegiado, hoje, é formado por Fachin, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia e Kassio Marques.
Se confirmada a saída de Fachin da Segunda Turma, o colegiado abrigará duas indicações de Bolsonaro: Kassio e o sucessor de Marco Aurélio Mello. São cotados para a sucessão do decano o ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça; o presidente do Superior Tribunal de Justiça, Humberto Martins; e o procurador-geral da República, Augusto Aras.
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Comentários (10)
MARCOS
2021-04-17 19:53:27Nenhum dos nomes cotados é competente para fazer a verdadeira justiça, que o povo quer e reclama. Esses aí só julgam em seu próprio benefício, de seus apaniguados e de quem o indicou.
Solange
2021-04-16 14:29:042 Turma é advocacia de criminosos
Aguia
2021-04-16 09:59:13Os caras são “inturmados” nus urtis...
Tania
2021-04-15 21:28:19Fachin cansou da convivência com o marasmo da segunda turma. Tá certo. Pode terminar mal.
Nilson
2021-04-15 21:18:05Esta segunda turma de advogados de toga é um horror ao que temos visto. É isto que chamam de justiça??
Jorge
2021-04-15 20:43:04Quiçá não seria melhor pedir aposentadoria e voltar a advogar...!!
Sempre Moro
2021-04-15 20:40:50Não mudará nada, porque haverá uma mera troca entre agentes do sistema... Qual a diferença entre estrume e excremento?
FLAVIO
2021-04-15 18:46:54STF , Desmoralizado frente a opinião pública. Perdeu a credibilidade
Mauricio
2021-04-15 18:46:48Vamos trocar 6 por meia dúzia. De inúteis
Luiz
2021-04-15 18:13:26Por favor Ana, defina garantista , tomando por base e premissa, as decisões da segunda turma, confrontando com leis e constituição.