Novo diretor da PF é primo e ex-assessor de político preso por corrupção
Novo diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Gustavo Maiurino é primo e ex-assessor do ex-deputado federal Marcelo Squassoni, do Republicanos, que foi preso pela PF em 2019 em uma investigação sobre desvios milionários em contratos do Porto de Santos. Maiurino trabalhou no gabinete do ex-parlamentar em 2015, três anos antes da deflagração da Operação Círculo Vicioso,...
Novo diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Gustavo Maiurino é primo e ex-assessor do ex-deputado federal Marcelo Squassoni, do Republicanos, que foi preso pela PF em 2019 em uma investigação sobre desvios milionários em contratos do Porto de Santos.
Maiurino trabalhou no gabinete do ex-parlamentar em 2015, três anos antes da deflagração da Operação Círculo Vicioso, responsável por mirar as fraudes em Santos e levar Squassoni à cadeia. Segundo o Ministério Público Federal, o ex-parlamentar liderava um esquema que recebia mesada de até 60 mil reais por mês em troca de contratos no porto e que teria movimentado pelo menos 1,6 milhão de reais.
Em 2016, o delegado foi alçado ao cargo de secretário de Esportes do governo de São Paulo. À época, a pasta integrava a cota de indicações políticas do PRB, atual Republicanos, que integrava a base do ex-governador Geraldo Alckmin na Assembleia Legislativa. A influência de Squassoni foi decisiva para que o delegado assumisse o cargo. Hoje, o Republicanos abriga o senador Flávio Bolsonaro e outros aliados do Planalto.
Maiurino ficou dois anos à frente da pasta de Esportes em São Paulo. Em 2018, quando Márcio França assumiu o governo paulista, ele foi secretário-adjunto de Segurança Pública do Estado. No ano seguinte, foi convidado pelo então governador Wilson Witzel, do PSC, para ser subsecretário de Inteligência da Secretaria de Segurança. Até então, Witzel era também um aliado de Bolsonaro.
Após três meses no governo do Rio, o delegado foi convidado pelo ministro Dias Toffoli para ser o secretário de Segurança da corte durante sua gestão. Em setembro do ano passado, Maiurino foi nomeado na segurança do Conselho de Justiça Federal pelo presidente do STJ, Humberto Martins.
Foi nesse período atuando nas cortes superiores do Judiciário em Brasília que Maiurino se aproximou do recém-empossado ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, que o indicou para comandar a PF. À época, Torres era secretário de Segurança do governo de Ibaneis Rocha, no Distrito Federal. A familia do novo delegado-geral da PF tem trajetória na Segurança Pública. O pai dele é coronel aposentado da Polícia Militar e o irmão policial federal.
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Comentários (10)
KEDMA
2021-04-07 17:25:55Jornalismo investigativo se faz assim.
VARLICE
2021-04-07 12:56:44Até prova em contrário os atos do primo se referem ao próprio primo. Quando houver prova concreta de wue houve envolvimento também do recém-empossado voltaremos a comentar. Atire a primeira pedra quem não tem na família alguém desabonador.
William
2021-04-07 12:33:49Vão procurar notícias, vc põe a mão no fogo por algum primo seu?
Maria
2021-04-07 12:01:42Impressionante esse currículo! Será que é primo do japonês da federal tb?
Claudio
2021-04-07 10:37:30Ter um primo ou um parente envolvido em falcatruas não é motivo para desqualificar uma pessoa para exercer um cargo público. Pelo menos é minha visão desapaixonada.
ARTHUR
2021-04-07 10:28:39Isso aqui não tem salvação! infelizmente cada um que cuide de si pois estamos em um navio furado e só tem bote salva vidas pra uma classe social CORRUPTOS.
Nádia
2021-04-07 09:50:48Só uma pequena consideração, sem levar em conta parentesco. De 2015 a 2021 (começo.. ) são mal completados 6 anos.. Quantas indicações, mudanças de cargo.. de instituição.. promoções.. Até pra um carreirista da "administração politiqueira" o cara tá bem.. Não é qquer um q consegue essa façanha. Interessante é q justamente por ser tão.. "brilhante", não pode ter acumulado experiência em nenhum dos locais/posições por onde passou.. Ou seja, não dá depreender onde/pq/como se tornou tão brilhante...
Silvino
2021-04-07 09:47:26Percebe-se agora que após àquele fatídico dia 22 de abril de 2020, data da vergonhosa reunião do Bozo e sua troupe, a passagem livre para ter acesso ao desgoverno do Minto, resume-se à apresentação de um bom currículo que deve conter um relacionamento político de preferência com o Centrão, conhecer os balcões da justiça, ser negacionista, formação técnica meia boca, e por fim, obedecer às ordens sem qualquer contestação. Tudo por amor à patria. Que maravilha!
MARCOS
2021-04-07 07:50:55Com esse currículo logo logo será ministro da Justiça ou ministro do STJ/STF. O garoto vai longe, o céu é o limite.
Afranio
2021-04-07 07:42:02Brasil em Lockdown atingiu o maior número de mortes por Covid por dia. Será que esses Governadores entenderam, ou precisa desenhar ?