PF apura se gráfica suspeita pagou dívida de campanha de líder do governo
O depoimento de Bruno Cristiano Gusmão, representante comercial de uma gráfica de Pernambuco, reforça a ligação entre o senador Fernando Bezerra Coelho (foto), líder do governo Jair Bolsonaro no Senado Federal, e um empresário alvo de três operações nos últimos meses. Como mostrou Crusoé, desde junho a Polícia Federal e a Polícia Civil de Pernambuco...
O depoimento de Bruno Cristiano Gusmão, representante comercial de uma gráfica de Pernambuco, reforça a ligação entre o senador Fernando Bezerra Coelho (foto), líder do governo Jair Bolsonaro no Senado Federal, e um empresário alvo de três operações nos últimos meses.
Como mostrou Crusoé, desde junho a Polícia Federal e a Polícia Civil de Pernambuco investigam empresas ligadas a Sebastião Figueroa, conhecido dono de gráficas no estado. Elas são suspeitas de fraudar licitações do governo estadual por mais de uma década. Os valores dos contratos sob suspeita somam ao menos 132 milhões de reais. Uma das empresas envolvidas é a Unipauta, gráfica pernambucana de propriedade de Figueroa, onde Bruno Gusmão atuou como representante comercial.
Em depoimento à PF, no inquérito que investiga possível recebimento de propina pelo senador, Gusmão afirma que Figueroa e Bezerra participaram de uma conversa em que se discutiu uma forma de pagar 500 mil reais em dívidas de campanha do líder do governo e de seu filho, Fernando Coelho Filho, no ano de 2014. Segundo o representante comercial, ao final da conversa ficou acordado que Figueroa iria quitar a dívida por meio da Unipauta.
"Eles ficaram devendo R$ 500.000,00 (...) tendo sido pago tal valor através da Unipauta, onde conversaram o declarante, o dono da tal gráfica, Sebastião Figueroa, e o senador Fernando Bezerra, onde restou acertado que a gráfica pagaria tal valor, de forma escalonada, até a quitação total do débito e que o senador e o dono da empresa iriam acertar posteriormente tal valor, não sabendo como foi tal acerto", disse Gusmão.
A Unipauta também aparece na prestação de contas de outro filho de Bezerra Coelho, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho. Além de ter contratado as empresas de Figueroa durante sua gestão na prefeitura, a campanha de Miguel Coelho repassou 370 mil para a Unipauta Formulários.
A empresa foi alvo da Operação Casa de Papel, em junho. Segundo os investigadores, “trata-se, possivelmente, de mera apresentadora de propostas nos certames licitatórios de que participa, a fim de justificar a contratação de outrem”.
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Comentários (5)
Lilian
2020-09-08 01:25:47Tem como fazerem uma edição especial com o foco em não corruptos? Devem existir vários e seria gostoso de ler!
EDIRVAL
2020-09-06 20:35:19Mais um gângster neste governo que seria o salvador da pátria, porém se mostra tão corrupto ou mais ainda do que os governos anteriores. Isso não é governo, mas sim uma organização criminosa que está sugando recursos em detrimento do povo.
Mito
2020-09-06 19:16:50Nesse País o crime compensa. Lider do Governo na Camara e Senado envolvidos em tudo que é tipo de corrupção. Bezerra e Ricardo Barros !
Paulo
2020-09-06 18:53:06Não esqueçamos quem colocou o terneiro de líder do governo. Só indo às ruas. Acorda Brasil!!! 🇧🇷🇧🇷🇧🇷
Lenora
2020-09-06 14:21:04Claro que não. Esse parlamentar é incorruptível.....sqn