A comemoração do líder do governo após a manutenção do veto aos reajustes
Em sua primeira grande votação como líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros, do PP, fez questão de colher os louros pela manutenção do veto ao reajuste dos servidores. Depois da articulação comandada pelo Planalto, com apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, os deputados mantiveram o veto ao aumento do funcionalismo. A...
Em sua primeira grande votação como líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros, do PP, fez questão de colher os louros pela manutenção do veto ao reajuste dos servidores. Depois da articulação comandada pelo Planalto, com apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, os deputados mantiveram o veto ao aumento do funcionalismo. A derrubada poderia gerar uma despesa de 120 bilhões de reais.
Ao fim da votação, Barros tirou fotos ao lado do painel eletrônico, no plenário da Câmara, e postou nas redes sociais. “Vitória da base do governo Bolsonaro na votação do veto que assegura o rigor fiscal”, escreveu o novo líder, em tom de comemoração. O placar foi de 316 votos favoráveis à manutenção do veto e 165 votos pela derrubada, além de duas abstenções.
Na quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro criticou a decisão do Senado de derrubar o veto e disse que seria “impossível governar o país”, caso a Câmara seguisse a decisão e liberasse o aumento do funcionalismo durante a pandemia.
As negociações para reverter a votação do Senado começaram ainda na quarta-feira, logo depois da derrubada do veto na casa. Na manhã do dia seguinte, líderes partidários reuniram-se para discutir o tema, mas, àquela altura, não havia maioria para manter o veto.
Rodrigo Maia fez então um duro pronunciamento em defesa da suspensão temporária dos reajustes, lembrou do “sofrimento” dos servidores da iniciativa privada e disse que o aval ao aumento salarial do funcionalismo poderia comprometer outros projetos já acertados, como o socorro de 4 bilhões ao setor de transporte público.
Mas a cartada decisiva foi apresentada pelo novo líder. Ricardo Barros afirmou que a derrubada do veto “certamente” comprometeria a prorrogação do auxílio emergencial. Citou a possibilidade de redução do valor ou do número de parcelas, em caso da liberação do reajuste dos servidores. As ameaças de mudança no programa de auxílio ajudaram a reverter o resultado.
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Comentários (4)
ALFREDO
2020-08-21 22:07:59a conta vai chegar, esperem
Aguia
2020-08-21 21:12:14O milionário Circo de um povo pobre
Rosa
2020-08-21 10:55:55O Brasil não é pra amadores
Vimar
2020-08-21 09:27:19Não dá para torcer contra o Brasil. O diabo quando quer, faz boas ações pensando no futuro.