Um candidato de peso
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, pode ter avançado algumas casas no tabuleiro da corrida à vaga da ministra Rosa Weber no STF (Supremo Tribunal Federal) após os holofotes se voltarem para ele com a divulgação da delação premiada de Élcio Queiroz, que trouxe novas revelações sobre o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.
Tema caro ao governo, e compromisso de Lula com a família de Marielle, as investigações do caso só voltaram a ganhar fôlego após Dino determinar à Polícia Federal, em fevereiro, que se debruçasse sobre o assassinato da vereadora carioca e abrisse um inquérito, até então sob responsabilidade da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Ponto para o ex-governador do Maranhão.
Em um live na última quarta-feira (26), Dino deixou nas entrelinhas que novas revelações do caso podem surgir nas próximas semanas e que a PF deve avançar ainda mais.“Eu não posso prever porque eu não tenho conhecimento dos autos, porque não é meu papel. O delegado que está lá conduz, os delegados conduzem, não há interferência política em investigação. Mas posso afirmar, sim, que há um trabalho e que mais resultados positivos virão, como esse resultado que foi revelado na segunda-feira”, declarou o ministro.
Ainda é cedo para dizer que o caso Marielle será determinante para o futuro de Dino, mas é certo que o ministro da Justiça agora tem um trunfo perante outros players que disputam a vaga de Rosa no Supremo — a atual presidente da corte se aposenta em outubro, ao fazer 75 anos. Ele conseguiu emplacar uma pauta extremamente favorável ao governo federal, a primeira que o governo Lula pode chamar de totalmente sua. O problema é que a onda positiva para o Planalto durou pouco: a indicação de Marcio Pochmann para o comando do IBGE, na última quinta (26), interrompeu esse ciclo de boas notícias.
“Certamente, o ministro Dino tem predicativos essenciais para o cargo e, se for indicado, não será apenas por um avanço em uma investigação específica do caso Marielle, que se deve tanto à Polícia Federal quanto ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro”, argumenta um integrante da base governista.
Aliados de Lula que defendem a indicação de Dino ao Supremo alegam que o caso Marielle pode atenuar críticas da base ideológica do PT em relação à substituição de uma mulher por um homem na corte. Nesse aspecto, a leitura é absolutamente simples, para não dizer simplista: ao trabalhar para elucidar um caso de violência política envolvendo uma mulher parlamentar, Dino anularia qualquer acusação de que Lula estaria sendo “machista” ao fazer essa indicação.
O titular da Justiça, porém, tem fortes concorrentes, cada um vendendo seu peixe a Lula. O presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas, também tem dado atenção a um tema que agrada muito ao presidente da República — cutucar a Lava Jato.
Crítico à operação, Dantas acionou o STF e obteve acesso às mensagens roubadas de Deltan Dallagnol, apreendidas na Operação Spoofing. Os diálogos sugeriam que houve um combinado entre o ex-procurador e o ex-juiz Sergio Moro para atacar o presidente do TCU. O material pode servir para eventuais investigações ou para poder acionar cível e criminalmente os envolvidos.
Na disputa pela vaga no Supremo, Dantas conta também com o apoio do senador Renan Calheiros (MDB-AL) e do decano do STF, Gilmar Mendes.
Também correm no páreo pela cadeira de Rosa Weber outros possíveis candidatos, como o advogado-geral da União, Jorge Messias, o ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Benedito Gonçalves e o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Luís Felipe Salomão.
Messias tem a seu favor um histórico de ministros indicados ao STF que vieram da AGU, como André Mendonça e Dias Toffoli. Gonçalves foi o relator da ação de investigação judicial eleitoral que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível por 8 anos. Próximo de Alexandre de Moraes e à frente do Conselho Nacional de Justiça, Salomão está promovendo uma devassa na Lava Jato.
Diante de tanto candidatos homens com padrinhos poderosos, o governo Lula já parte da premissa que pode ser uma boa ideia indicar uma mulher ao STF, justamente para evitar desconfortos com quem apadrinha os ministeriáveis: Renan Calheiros, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.
Quatro mulheres despontam como supremáveis: a desembargadora do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) Simone Schreiber, a ministra do STJ Regina Helena Costa e as advogadas Dora Cavalcanti e Flávia Rahal.
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É um candidato de peso, mas é o peso da gordura na massa corporal. Seria muito bom se tivesse massa cerebral, o que não é o caso. É a burrice ideológica trabalhando para a nefasta esquerda petista, traindo nossa Constituição que precisa ser muito reformada e imunizada contra qualquer ideologia. Viva a Lava Jato.
Estamos chegando no fundo do poço, saímos de um psicopata miliciano p/um ladrão contumaz e estamos completando um stf partidário, já, já vem + um no lugar da rosinha, PolamordeDeus!!!
Brás Cubas, SEU COMENTÁRIO É PERFEITO. ASSINO EMBAIXO. SÓ NÃO ENTENDI PORQUE SUA POSTAGEM É DE 9 DE OUTUBRO DE 2017
Só tranqueira!
paga que eu comento. Dinossauro
Quanto mais Os Vingadores agem contra Moro e Delagnol mais provam como a Lava-Jato assusta as eminencias pardas.
A disputa vega vaga no STF fica entre seres extremamente abjetos.
O stf acabou.
Lembrando dos feitos dos homens mencionados como candidatos, dá pra imaginar que eles seriam ótimos ministros do STF, e não devendo ter vergonha de alargar a interpretação de leis pra atender aos interesses de seu grupo. E viva a insegurança jurídica
Ok... Nada da Lindora? Análise tá leve hein...
O atual STF teria em caso de nomeação do troglodita algo bem pior que os ditadores que lá pontificam violando o Estado e humilhando os cidadãos ... perfeito !!!
Todos os nomes citados no artigo dão a dimensão do baixo nível moral que assola o país, além do despotismo que todos praticam.