Os atravessadores
Lobistas e empresários espertos aproveitam a pandemia (e os seus contatos políticos) para ganhar dinheiro intermediando negócios entre o poder público e fornecedores chineses
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Hospedados em hotéis nos arredores do aeroporto internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, homens bem trajados e bons de lábia aplicam a máxima de que toda crise é uma oportunidade. De olho nas compras emergenciais milionárias feitas por governantes de todo o país para enfrentar a pandemia, eles assediam até no terminal de cargas os importadores dos equipamentos de saúde que mais faltam no Brasil, com um único objetivo: lucrar com a Covid-19. O método já é manjado. Dizem possuir contatos políticos dentro de governos estaduais e prefeituras que garantem vultosos contratos -- alguns chegam a exibir termos já assinados com o poder público -- e se oferecem como "intermediários" do negócio em troca de uma valiosa comissão. Se o carregamento já tinha um destino final definido, eles oferecem mais, tentam interceptar a mercadoria. Essa é apenas uma face de um esquema que além de drenar dinheiro público põe em risco a vida de pacientes que agonizam em um sistema à beira do colapso.
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Comentários (10)
Marcos
2020-06-11 00:16:08A bandidagem campeia nas altas cúpulas, enquanto isso a justiça cala-se. Quando um figurão, finalmente, é julgado e condenado, em sua grande maioria, raramente cumpre a pena a que foi condenado. Haja vista a condenação recente do Dep. Paulinho da Força, Lula, Zé Dirceu e muitos mais.
Antonio
2020-06-09 16:20:52Quanto amadorismo. Não acredito que a china sendo o principal parceiro do Brasil não tenha uma comunicação direta entre seus dirigentes, qual o motivo do atravessador quando um representante de um país solicita a outro uma carga de produtos hospitalar em tempos de pandemia para salvar vidas. A verdade é que tanto lá como cá ninguém liga para o ser humano e sim para o $$$$$$$$$$$ e as autoridades sabendo disso deveriam confiscar esse material.
André
2020-06-08 23:33:28Não é possível, é muita corrupção! Os responsáveis sejam quem forem, governadores ministros, etc. devem ser julgados e presos. Se alegarem ignorância, devem ser punidos da mesma forma. Numa pandemia como essa, milhares d pessoas morrendo, é intolerável saber d ocorrências absurdas como essa! De onde veio o dinheiro?, Quem liberou? Prendam todos! Até o presidente se foi omisso ou tolerante! Ou, pior ainda, burro e incompetente! Não estou vendo autoridades dando murros na mesa e mandando prender!
FRANCISCO
2020-06-08 18:46:29Adiantamento de dinheiro, sem garantia, sempre vem acompanhado de fraude.
Vilmacir
2020-06-08 10:20:25Na prática, decretar estado de calamidade pública permitiu ao governo gastar mais do que o previsto com medidas para conter os efeitos da Covid-19, e de forma mais rápida e ainda mais ineficiente do que já era, permitindo a participação de vários atravessadores de má índole na pilhagem do nosso Estado. Precisou inclusive do PR Bolsonaro editar uma MP que livra agente público de punição no combate à Covid-19. Incompetência ou má fé? E qual a verdadeira necessidade de decretar calamidade pública?
Cleidi
2020-06-08 02:35:24vivas para o STF quê deu todo esse poder a governadores e perfeitos,
Marco
2020-06-07 19:16:55País onde a suprema corte fica discutindo "filigranas" na ordem de alegações entre delatores e delatados, não pode realmente, querer nada diferente... Esse é o resultado...
MARCELO
2020-06-07 17:47:56Bandidagem, e quase ninguém fala nada...
LUCAS
2020-06-07 17:44:28Muito intrigante: Pra não pagar precatórios os “governos” em geral “matam e morrem” em leis, decretos, regras e dificuldades. Já pra comprar sem licitação adiantando enormes valores, são umas antas..!! Que eu saiba, o Covid ataca os pulmões, não o cérebro!!
Eduardo
2020-06-07 11:33:35Pelo que se percebe, a politicalha brasileira sempre consegue se superar. Depois do mensalão, de triste memória, ninguém aprendeu nada e fomos brindados com o petrolão, ainda mais corrosivo, moral e financeiramente. Agora, pelo visto, vamos descer ao mais fundo dos poços, com essa corja de bandidos se aproveitando do sofrimento de milhares de famílias para lucrar, à medida que as mortes se acumulam. Esse Brasil não tem conserto.