A guerra sem fim
O conflito histórico entre Israel e grupos palestinos ganha uma dimensão inédita ao se estender para dentro das cidades israelenses
Este conteúdo é exclusivo para assinantes
Os distúrbios dos últimos dias em Israel e nos territórios palestinos introduziram a essa velha rixa uma nova dinâmica, que moldará os inevitáveis eventos futuros. Diversas cidades registraram choques sangrentos entre judeus e árabes-israelenses — os habitantes de Israel que têm origem árabe e perfazem 20% da população. Não foi, portanto, um confronto circunscrito aos palestinos que moram nos territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza e que não possuem cidadania israelense. Incitados por líderes radicais e vídeos das redes sociais, eles saíram armados com armas e coquetéis molotov queimando sinagogas, lojas, colégios, carros e casas de judeus nas regiões de Lod e Acre. Por sua vez, ultranacionalistas judeus espancaram árabes, incendiaram seus carros e depredaram lojas em Tel Aviv, Tiberíades e Bat Yam. Com as notícias já correndo o mundo, líderes árabes incitaram ainda mais a população, enquanto políticos israelenses pediram calma e descreviam o que parecia o início de uma guerra civil. “O que está acontecendo agora é algo que nunca vimos. Não sei o que o futuro nos reserva, mas estamos muito perto de uma nova realidade, em que cidades de Israel terão de ser submetidas a controle militar”, diz Shaul Bartal, professor de estudos palestinos na Universidade Bar-Ilan.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (10)
Paulo
2021-05-18 11:51:51A religião sempre atrasando o Mundo.
Wilson sobrinho
2021-05-16 18:02:54No Antigo Testamento (Genese), os dois povos que há muito se enfrentam são na verdade irmãos: os árabes descendentes de Ismael (primogênito de Abraão) e os judeus descendentes de Isaac (filho mais novo de Abraão). Se não fosse a atitude de Sara, esposa de Abraão que obrigou o marido a expulsar Ismael e sua mãe, possivelmente o mundo seria melhor.
Fernando
2021-05-16 17:50:42Excelente matéria!
Liliam
2021-05-16 12:15:59O colunista apresenta os fatos. No entanto alguns leitores pretendem que ele os distorça e não chame terroristas de terroristas.
Liliam
2021-05-16 12:09:21Viva Israel!
LSB
2021-05-16 11:25:07A Irmandade Muçulmana não surgiu para ser entidade de caridade como a matéria sugere. Pelo contrário, o objetivo era e sempre foi a instalação de um califado sob a regência da sharia. Mais honestidade intelectual, caro jornalista...
PEDRO
2021-05-16 10:55:53Uma matéria tendenciosa como esta é o motivo do cancelamento da minha assinatura. Vocês mencionam a morte de "80 terroristas" presumindo que todos palestinos são terroristas? Então tentem vender a assinatura deste jornaleco em Israel pois eu não compro mais e faço a maior propaganda negativa
KEDMA
2021-05-16 09:27:13Infelizmente a paz ainda está longe de chegar à Israel e a Faixa de Gaza.
Marcelo
2021-05-16 09:22:36A reportagem passa de informativa a tendenciosa, como sempre acontece qdo o assunto é o conflito entre israelenses e palestinos. Israel ocupa territórios palestinos desde 1948 - a ocupação militar mais longa da história - e desde 1967 promove assentamentos de “colonos” desafiando convenções de Genebra e da ONU. Israel tem um dos maiores poderios militares do mundo - inclusive nuclear - e não se furta a usá-lo contra os palestinos em operações desproporcionais aos ataques q porventura sofre.
Rozemeire
2021-05-16 05:41:57Desde 1948 este fogo cruzado persiste, até quando inocentes irão morrer fomentando tanto ódio tanto de um lado como de outro?