Jerônimo Teixeira: 5 memórias entre a verdade e a ficção

Neste episódio de 'Ilha de Cultura', o jornalista e escritor recomenda e analisa quatro obras literárias e um filme com doses variadas de autobiografia e ficcionalização
12.01.24

Jerônimo Teixeira escreve semanalmente nesta Crusoé a respeito de política e cultura. Boa parte de sua carreira, no entanto, foi passada em meio aos livros, que ele resenhou e continua resenhando para diversos veículos. É o tipo de pessoa com que se pode falar por horas, sem tédio ou aborrecimento, sobre o melhor que existe na literatura. O próprio Jerônimo tem obras publicadas: além de uma tese sobre Carlos Drummond de Andrade, Drummond Cordial, a novela As Horas Podres, os contos de Antes do Circo e o romance Os Dias de Crise. Ele tem mais um volume de narrativas curtas à espera de publicação.

Neste Ilha de Cultura, Jerônimo recomenda cinco obras memorialísticas (entre elas, um filme) com doses variadas de ficcionalização (ou mentira).

De Amor e Trevas, de Amós Oz: a obra em que o escritor, um dos maiores de seu país, rememora sua infância e o nascimento do Estado de Israel.

A Mão de Deus, de Paulo Sorrentino: neste filme disponível no Netflix, o cineasta de A Grande Beleza trata de sua juventude em Nápoles, dos seus primeiros passos em direção ao cinema e de como a paixão pelo futebol de Diego Maradona salvou sua vida.

Borges e Eu, de Jorge Luís Borges: um curtíssimo texto do genial escritor argentino em que o homem e sua máscara literária procuram entender o que as distingue.

Verão, de J. M. Coetzee: para concluir uma trilogia autobiográfica, o autor sul-africano, vencedor do Nobel de 2003, apresentou este relato inclassificável, em que ele surge como uma figura patética, por vezes odiosa e… verdadeira?

Kaputt, de Curzio Malaparte: as memórias repletas de mentiras e magistralmente escritas do escritor italiano que, durante a II Guerra, acompanhou as tropas nazistas no leste europeu como emissário do governo de Benito Mussolini.

 

 

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  1. Um livro que gostei de ler e recomendo: "A saga de Theodore Roosevelt" escrito pelo brasileiro Luiz Augusto Módolo.

  2. Como eu acompanho Jerônimo desde os tempos de Veja, sugiro a ele o autobiográfico "O Ciclo Gestatório de um Homem", em e-book na Amazon e em papel no Club de Autores, "talvez a mais corajosa autobiografia jamais publicada", segundo o jornalista Julio Chiavenato.

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