Charles Gavin: 5 discos, 5 leituras do Brasil

22.12.23

Baterista dos Titãs, uma das grandes bandas do rock brasileiro, Charles Gavin é também um pesquisador da nossa história fonográfica.

Seus mergulhos no acervo de gravadoras, em coleções privadas e lojas de discos antigos, permitiram que recuperasse obras esquecidas de artistas como Secos & Molhados e Tom Zé e se tornasse apresentador do programa O Som do Vinil (Canal Brasil), que estreou em 2007 e está no ar até hoje.

Convidado desta edição do Ilha de Cultura, Gavin fala sobre cinco discos que, segundo ele, proporcionam fortes leituras da época em que foram lançados:

Fruto Proibido (1975), de Rita Lee e Tutti Frutti – Um “manifesto anti-caretice” que conseguiu furar a censura do regime militar.

África Brasil (1976), de Jorge Ben – O disco em que Jorge (atualmente Ben Jor) adotou de vez a guitarra, eletrificou o samba e lembrou que o Brasil deve muito ao continente africano – num momento em que essas raízes estavam longe de ser exaltadas.

Selvagem (1984), de Paralamas do Sucesso – Lançada num momento de transição entre a ditadura e a Nova República, essa foi a obra em que a banda assumiu as influências brasileiras de sua música e tambem se voltou para os temas da política e da realidade nacional.

Da Lama ao Caos (1994), Chico Science e Nação Zumbi – Música poderosa e original vinda de Pernambuco, no ano em que Recife foi considerada “a pior cidade do mundo para se viver” por uma pesquisa.

Meu Coco (2021), de Caetano Veloso – A pandemia e o governo Bolsonaro capturados em disco.

Assista à entrevista completa:

 

 

 

 

 

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  1. Muito bom poder assistir essa entrevista. Chico Science com o MangueBeat da Nação Zumbi, fazia um certo paralelo com outro movimento regional, o Movimento Armorial de Suassuna. Enriquecimento cultural para o estado e para o Brasil.

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