Ting Shen/Xinhua

O vírus da desglobalização

Com fronteiras fechadas e países em transe sob o temor de uma recessão mundial, o novo coronavírus testa os limites da globalização
20.03.20

Em pouco mais de uma semana, ao menos 92 países — quase a metade das nações do mundo — anunciaram o fechamento parcial ou total de suas fronteiras para conter a pandemia do novo coronavírus, que causa a Covid-19. Estados Unidos e Canadá concordaram em uma restrição recíproca para todo tipo de tráfego não essencial. A União Europeia cerrou todas as fronteiras externas para não residentes por 30 dias — e internas também. Até lugares remotos, como o Djibouti, o Uzbequistão e o Iêmen entraram na onda. Na América Latina, o Brasil foi um dos últimos países a bloquear suas fronteiras. Uma portaria publicada na quarta, 18, proibiu a entrada de venezuelanos. Quem desobedecer será deportado imediatamente. Um dia depois, o governo brasileiro fechou os limites com outros oito países vizinhos.

A multiplicação acelerada das barreiras entre os países não tem paralelo na história e marca uma reversão no fenômeno da globalização. É como se as fronteiras, que nas últimas décadas foram sendo abolidas na prática e, assim, repetidamente ignoradas pelos cruzeiros, aviões e navios cargueiros e de turismo, de repente retomassem a importância que tiveram em um passado que parecia sepultado. Causou choque na Europa, por exemplo, a decisão unilateral da Alemanha de controlar as suas fronteiras com países que aderiram ao Acordo de Schengen. Se era para ser um espaço único nas alegrias e tristezas, por que fechar?

As primeiras fronteiras físicas foram criadas pelos impérios, para impedir invasões de bárbaros. Resquícios desse período são a Muralha da China, idealizada pelo imperador Qin Shi Huang no século 3 a.C., e os muros de pedra, valas, fortalezas e torres de vigilância construídos pelos imperadores romanos na Europa. Com a queda do Império Romano, em 476 d.C., vários reinos surgiram no espaço que hoje abriga a União Europeia. Ao longo dos séculos seguintes, apesar das guerras e disputas por colônias, seus monarcas desenvolveram certo sentido de coexistência, o que acabaria moldando uma nova ordem para todo o planeta. “Diferentes dinastias e nacionalidades em competição eram percebidas não como uma forma de caos a ser eliminado, mas, na visão idealizada dos estadistas europeus, como um mecanismo intrincado tendendo ao equilíbrio que preservava os interesses, a integridade e a autonomia de cada povo”, escreveu o diplomata americano Henry Kissinger, em seu livro Ordem Mundial. O estado-nação nasceu então como um território devidamente delimitado por fronteiras, sobre o qual um governo exerce soberanamente o seu poder. No século XVII, esse entendimento foi formalizado nos acordos conhecidos como a Paz de Vestfália.

No século XX, a entrada tardia de alguns países no tabuleiro do poder colonial deflagrou duas guerras mundiais. Nas décadas que se seguiram, não apenas foi possível evitar uma terceira guerra global como a paz foi sendo assegurada gradualmente. Primeiro, com a criação de organizações internacionais, como a ONU. Depois, com o comércio. Fazendo pouco caso dos limites nacionais, empresas privadas multinacionais estreitaram os vínculos entre as nações, enriqueceram pessoas e tornaram conflitos bélicos altamente indesejáveis. Do lado negativo, uma parte delas, que se tornou mais forte do que muitos países, também patrocinou ditaduras e pisoteou o meio ambiente.

Cecilia Fabiano/LaPresse/DiaEsportivo/FolhapressCecilia Fabiano/LaPresse/DiaEsportivo/FolhapressO Coliseu de Roma, que foi fechado ao público
Foi justamente a Europa, palco do fascismo, do nazismo e das duas grandes guerras, a região que mais avançou na ideia de apagar fronteiras. Pensada como uma entidade política supranacional, a União Europeia retirou uma porção significativa da soberania dos governantes. Trinta países, incluindo quatro de fora do bloco, assinaram o Acordo de Schengen, que aboliu os postos fronteiriços. Com pessoas circulando livremente em um espaço comum, os rancores nacionalistas do passado esmaeceram-se.

O resto do mundo seguiu na mesma toada. A queda do Muro de Berlim, em 1989, e o fim da União Soviética, em 1991, derrubaram a divisão rígida da Guerra Fria e ampliaram o espaço para os empresários fazerem negócios. Desde então, o volume do comércio internacional foi multiplicado por oito. Fábricas se instalaram em países em desenvolvimento, em busca de mão de obra barata. Mais de 1 bilhão de pessoas deixaram a extrema pobreza. A diferença entre países pobres e ricos diminuiu. Em trinta anos, o PIB per capita dos países em desenvolvimento foi multiplicado por 5, enquanto o dos países ricos, por 2,5. Esse é o saldo econômico da globalização.

Os anúncios sucessivos de fechamento de fronteiras dos últimos dias, na esteira do salve-se quem puder geral, contrariam essa tendência globalizante. O passo atrás já vinha ocorrendo principalmente nos países desenvolvidos, por obra de grupos excluídos. Nas nações ricas, uma boa parte da classe média com baixa escolaridade não consegue se encaixar nos novos empregos do mundo digital e sente nostalgia dos trabalhos industriais do passado. Em 2015, a chegada de 1 milhão de imigrantes à Europa pelo Mediterrâneo também ajudou a semear a xenofobia. Emergiu a corrente denominada antiglobalista, que teve a sua glória no Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia.

As medidas recentes, obviamente, nada têm a ver com ideologia. Depois da tragédia em curso na Itália, a França e a Espanha decretaram o confinamento de seus cidadãos. A Alemanha, como já dito, impôs controles fronteiriços na segunda, 16. Em reunião para discutir as violações ao Acordo de Schengen, a chanceler Angela Merkel — a mesma que disse em 2015 que a Europa tinha obrigação moral em acolher os imigrantes — defendeu a obstrução das fronteiras externas da União Europeia por 30 dias. Levou. Os países da União Europeia deram-se conta de que os serviços de saúde são nacionais, com características e limites próprios, e que cada um deveria cuidar dos seus próprios cidadãos, se o objetivo era conter a pandemia.

Cecilia Fabiano/LaPresse/DiaEsportivo/FolhapressCecilia Fabiano/LaPresse/DiaEsportivo/FolhapressPaciente infectado com Covid-19 é transportado na Itália
A mesma globalização que enriqueceu o mundo imprimiu velocidade de propagação ao novo coronavírus. Sem fronteiras ou com fronteiras mais fluidas e menos controles, o turismo de massa e as viagens de negócio atingiram proporções inimagináveis. Em apenas quatro meses, o novo coronavírus infectou 200 mil pessoas em mais de 170 países (a ONU, para se ter uma ideia, tem 193 membros). O vírus é, assim, quase uma metáfora da globalização. O nome insosso da doença causada pelo vírus, Covid-19, foi pensado de modo a não suscitar preconceito contra os chineses, onde a pandemia começou, e para não atiçar ataques contra os animais que podem tê-la transmitido para os humanos, como os morcegos. Com a gripe espanhola, tudo foi diferente. Daquela vez, a pandemia alastrou-se em três ondas, ao longo de três anos, deixando um saldo macabro de dezenas de milhões de mortos, dadas as condições sanitárias e médicas da época — um número incomparável com os atuais 10 mil óbitos causados pelo coronavírus. Apesar do nome, a epidemia não começou na Espanha. Ela foi batizada assim porque, como o país se manteve neutro na I Guerra Mundial, os meios de comunicação espanhóis eram dos poucos que falavam abertamente sobre a doença. Nos demais, as notícias eram censuradas.

Impedir que notícias sobre o novo coronavírus alcancem a população hoje é praticamente inviável, embora a China tenha tentado censurar as notícias sobre a doença que se instalara na cidade de Wuhan, epicentro da pandemia. Mesmo em países como Cuba e no Irã, os cidadãos conseguem se informar pela internet. É assim que a globalização, ironicamente, ao mesmo tempo que permite que um vírus se alastre rapidamente, também faz parte da solução. Embora o fenômeno tenha se intensificado nos últimos dias, em suas orientações a Organização Mundial da Saúde não recomenda o bloqueio das fronteiras. A justificativa é que, quando as pessoas são impedidas de viajar legalmente, elas acabam fazendo isso de maneira ilegal, o que favorece a propagação da epidemia. O confinamento das pessoas em suas casas, a conscientização da população sobre os métodos de higiene e a correta atuação dos sistemas de saúde são mais efetivos, defende a organização de burocratas confortavelmente instalada na Suíça.

Os governantes, porém, têm preferido não correr riscos. Inclusive porque a maior ameaça é colapsar os sistemas de saúde, se a curva de crescimento continuar a subir abruptamente e não achatar-se com alguma rapidez — o novo coronavírus, que ataca os pulmões e pode causar síndrome respiratória aguda, exige a internação de todos os casos mais sérios, muitos deles em UTI. Se faltam leitos para os seus próprios cidadãos, como atender os de outros países? A portaria brasileira que proíbe a entrada de venezuelanos, por exemplo, cita a “dificuldade de o Sistema Único de Saúde brasileiro comportar o tratamento de estrangeiros infectados pelo coronavírus”.

Há também um ganho político com a decisão de fechar fronteiras. “A percepção geral é a de que os governantes que as fecham serão beneficiados, independentemente do desenvolvimento da epidemia. Mesmo se ocorrer uma calamidade em seus países, eles serão elogiados por terem atuado com firmeza. Caso os efeitos da doença sejam amenizados, a restrição ao fluxo de pessoas será considerada como um dos fatores do sucesso”, diz Nidi Bueno, professor visitante da Escola de Serviço Exterior da Universidade Georgetown.

XinhuaChina teve redução no número de novos casos de infectados
Para além dos reflexos da epidemia sobre os sistemas de saúde pública, os países se preocupam com os danos incomensuráveis — já sentidos duramente — à economia. O avanço da doença e a consequente paralisação das economias, com o confinamento de profissionais de praticamente todos os setores, vêm causando prejuízos maiores do que os da crise de 2008. As Bolsas despencam vertiginosamente e, no Brasil, o dólar ultrapassou em muito a marca dos 5 reais, algo jamais visto desde a adoção da moeda brasileira, em 1994.

A situação é tão grave que os bancos centrais dos Estados Unidos e da União Europeia jogaram logo na mesa pacotes de 1,5 trilhão de dólares e 750 bilhões de euros, respectivamente, para salvar os países do naufrágio. Uma ilustração de que o nacionalismo vive mesmo onde não deveria é o Banco Central Europeu. A presidente do banco, a francesa Christine Lagarde, começou negando ajuda maior à Itália, para indignação de Roma; mudou de ideia coincidentemente quando a França se viu obrigada a confinar a população. Seja como for, até agora os pacotes não funcionaram. O maior problema para o mercado financeiro é precificar a crise. Ou seja, ter um horizonte de quando ela vai acabar. Ninguém sabe, de verdade. O pico dos registros dos casos de infecção na Itália está previsto para a semana que vem — atingido o pico, eles começariam a cair. Se isso não ocorrer, o pânico aumentará. E há ainda os Estados Unidos, que já ultrapassaram a marca dos 10 mil contágios. Como se comportará o coronavírus nos 50 estados americanos, em especial Nova York e Califórnia? O governador da Califórnia ordenou o confinamento, mas o de Nova York resiste. No Brasil, a previsão é a de que o pico será em 20 de abril, mais ou menos. A única boa notícia vem da China, onde as infecções endógenas zeraram, a crer no governo chinês. O que ocorre agora lá é o registro de casos de pessoas que vieram do exterior — o bom vírus à casa torna. Para tentar dar um horizonte ao mercado, Bill Gates, que deixou recentemente o conselho da Microsoft para se dedicar integralmente à filantropia, voltou à cena econômica para dizer que a crise do novo coronavírus duraria, no máximo, mais dez semanas.

O coronavírus passará, assim como passaram tantas outras pestilências. Mas talvez o seu efeito desglobalizante tenha impacto a ser sentido ao longo dos próximos anos. A pandemia fechou fronteiras temporariamente, mas quem sabe tenha gerado a percepção de que a homogeneização promovida pela globalização não está imune a características culturais mais atávicas — como a de comer bichos estranhos que hospedam seres invisíveis perigosos como o da Covid-19. O vírus da desglobalização também deixou evidente que, quando a vida está em risco, as nacionalidades revivem. Ele mostrou ainda que o mundo atingiu o seu limite no turismo de massa e no de negócios. As cidades mais visitadas não suportam mais tanta gente de fora, seja a turismo ou a negócios. Falta controle sanitário de quem visita, a estrutura urbana padece com a enorme população flutuante e os cidadãos locais sentem-se compreensivelmente invadidos. Uma certa dose de desglobalização pode levar a que não se perca o que foi conquistado nos últimos anos e até criar anticorpos contra a xenofobia.

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
  1. O Tigre Asiático com 1500 000 000 de habitantes foi quem protagonizou o espetáculo macabro e ora nos informa que lá, acabou o manifesto do inofensivo "bichinho".Conta outra CHI JIN PING,essa foi dura de engolir,dá próxima avisa antes que a gente prepara nossos escafandros. Cachorro só pra fazer companhia e latir pra desconhecido, não pra ser servido à mesa.

  2. É assim. Eu quero cancelar as assinaturas de Crusoe e Antagonista. Acho esse tipo de cobertura lixo. Como assinei em 12x dizem que não posso cancelar. Pelo código do consumidor, posso pagar proporcional. Mas o nível é péssimo. Essa gente não vale o sal que come!

  3. Crusoé também esqueceu de comentar sobre a pilantragem que estão fazendo espalhando pânico com uma previsão de milhões de mortos, somente para justificar este isolamento insano. A tx de mortalidade na população total é 8 a 30 vezes inferior a tx de mortalidade daqueles que contraíram o vírus e foram até o hospital fazer o exame. Gripes matam 650 mil todo ano no mundo. Covid19 está matando e em 2021 teremos outro vírus assassino assim como acontece sempre. Menos políticos e mais médicos!

  4. É a China testando seus vírus e avançando na guerra bacteriológica contra o Ocidente - gripe Sars em 2003, gripe aviária em 2005 e agora o coronavírus 2020. As ditaduras comunistas nunca tiveram grande preocupação com o número de mortos que produzem: Mao Tsé Tung 70 milhões de mortos, Stalin 40 milhões de mortos, Pol Pot no Camboja 6 milhões de mortos. É hora do Ocidente cobrar a conta, em dólares, pelos prejuízos causado a todos os países do mundo pela ditadura chinesa!

    1. Concordo 100%. Não dá mais para baixar a guarda com a ditadura chinesa

  5. Compartilhe esse conteúdo utilizando as ferramentas de compartilhamento oferecidas na página ou pelo link: https://crusoe.uol.com.br/edicoes/99/o-virus-da-desglobalizacao/. Nos

  6. Excelente matéria. Saiu caro esse pangolim gourmet chinês. Temo que outros desastres virão pois , esses selvagens continuarão a saborear suas iguarias exóticas. Excelente oportunidade para motivar as grandes organizações serem menos gananciosas e redesenhar a globalização. Mão de obra chinesa é o barato que sai caro.

  7. Boa matéria, apesar de longa - a retrospectiva poderia ter sido mais resumida. Acho que uma certa combinação entre globalização e nacionalismo fará bem ao planeta.

  8. A globalização demanda, para ser exitosa, compromissos éticos e de transparência entre as nações, em questões críticas de interesse comum, os quais, se violados, pidem ter efeitos catastróficos -- como o caso presente.

  9. Defina xenofobia por favor. Pergunte quanto pago a mais de impostos para sustentar Estrangeiros.Nao me importo em dividir meu espaco com ninguem, porem, a unica maneira de fazer isto, eh acabar com as mesadas de 800 a 1500€ que nossos governos oferecem aos imigrantes. ILEGAIS. Que venham trabalhar!Trabalho com turismo, porem, o turismo em excesso inviabiliza o turismo. Ninguem quer passar 3hs em uma fila de museu e disputar a tapa a vista de lado de uma obra de arte

  10. O panorama da história política, econômica e social descrita a partir das crises sanitárias está excelente! Explica que somos agentes cegos de alma de toda sorte de acontecimentos

  11. Onde estão os liberais, os defensores do “Laissez Faire” do Milton Friedman, os ultraliberais da escola de Chicago? Qual a receita liberal para a crise que vivemos? Menos estado? A “mão invisível do mercado”? Só estou vendo o governo adotar o receituário social-democrata ou socialista democrático. Onde estão Kim Kataguiri, Artur do Val, Rodrigo Constantino, Reinaldo Azevedo, Caio Coppola e tantos outros defensores do “liberal ideal” que só existe nos livros?

    1. Voce pode explicar o que tem a ver o liberalismo com o coronavirus?

    2. Me desculpe, xará, pensei que tinha ficado claro que eu trato de liberalismo econômico. Mas, como eu disse, nos livros tudo é lindo, até o comunismo. Mas o que importa é o liberalismo real. Quais as propostas dos auto-intitulados liberais ou conservadores brasileiros, daqueles que dizem que Bolsonaro não é um liberal de verdade? Já citei os nomes.

    3. Existem várias linhas de pensamento liberal. Seria legal de sua parte fazer um breve estudo de cada uma delas antes de sair afirmando coisas sobre as quais, obviamente, não faz ideia.

  12. Existe outra consequencia das pandemias. Na Europa apos segunda onda das peste negra o clima de insatisfação fez cair varias dinastias . Não que tivessem algo a ver com a praga mas porque o coletivo não costuma ser racional.

  13. ,Excelente,porém são poucos que leem esse artigo a população está faltando ser esclarecida,agora com toda tempestade os países começam tudo novamente ,inclusive o Brasil,é só inteligência aprendendo tudo sem populismo que não vai adiantar.mais isso.

  14. Excelente e esclarecedora matéria! Permeou a história, nos trouxe a atual realidade e lançou olhares ao futuro, sobre como a relação entre os países poderá ser. Parabéns!!

  15. Material espetacular! Um passeio pela história, relações internacionais, geopolítica que formaram uma análise crítica das mais articuladas que já li nos últimos tempos. Parabéns!

  16. Que matéria, cheia de informações, histórica, contendo uma boa dose de pensamentos do que nos espera para o futuro, especialmente quanto à possível desglobalização no futuro, especialmente quanto ao turismo.

  17. Excelente reflexão, nobre articulista. Praticamente irretocável. Parabéns! Penso que haverá uma acomodação para com a evolução da globalização. Aliás, a globalização na atual conjuntura, vale dizer, antes mesmo da eclosão do vírus em pauta, é mais factível, mais adaptável às idiossincrasias das nações, das empresas transnacionais e das diferentes ideologias. O globalismo tem um viés de pressa e uma quase odor de utopia. Veja-se, p.ex.diferenças religiosas e geo-políticas ainda irreconciliáveis

  18. Finalmente a Crusoé publicou uma matéria com conteúdo, pesquisa, busca de história e embasamento. por um momento deixou de lado a fofoca palaciana para escrever algo de nível.

    1. Duda deu um show de informação. O melhor texto que li sobre o problema

  19. Parabéns ao autor da matéria. Conteúdo e forma combinados para nos brindar com um texto bem fundamentado, profundo e abrangente. Muito bom podermos nos dedicar a esse tipo de leitura, especialmente em dias tão sombrios.

  20. excelente esse sumário sobre a evolução da globalização q passou dos limites e a análise da situação atual com tendência a otimizar o funcionamento do planeta ...devolvendo os limites necessarios ao encontro de um equilibrio sadio

  21. Com relação ao impacto econômico do virus, é bom lembrar que os economistas da escola austríaca já vêm alertando há algum tempo sobre a crise que estava prestes a acontecer e isso sem virus nenhum mas sim devido ao descalabro financeiro induzido pelos Bancos Centrais mundo afora, em especial o BCE, que têm mantido a liquidez absurdamente alta e taxas negativas de juros, na esperança de "turbinar" o crescimento europeu mas sem sucesso. Essa é a receita do desastre.

    1. Depois que o amálgama das preocupações com a saúde e a economia se desfizerem aparecerá o rombo camuflado e criado pelos bancos centrais. Veremos muitas surpresas. Vãos rolar cabeças e empresas.

  22. Recessao ??? Recessao é piada !! Mais 1 mes assim e estaremos numa depressao economica jamais vista !!! Onde morrerão milhoes e milhoes !! De fome de suicidio etc !! Mais 2 semanas e chega ! Basta !! Fodase Vida q segue / pegou pegou

    1. Concordo! As pessoas chegam a dizer que agora não é hora de pensar na economia! Enlouqueceram? Viveremos de amor?!

  23. Quando tudo passar ficará a lição de que ser "bonzinho" e acolher a tudo e a todos, deve continuar mas com responsabilidade e controle. Atualmente, os nossos governantes não sabem com precisão o número exato de quantos estrangeiros estão vivendo "legalmente" no País e é melhor nem falar "naqueles" que estão aqui vivendo "ilegalmente" - detalhe: "todos, sem exceção, deverão ser assistidos, em caso de contágio pelo covid-19 ou qualquer outra enfermidade, seria desumano uma atitude contrária!"

    1. Quero ver todos voltando ao Escambo e a Economia de subsistencia !! Pois ou peguem essa merda de virus logo ou todos nós pediremos esmolas e morreremos de fome !! E aí ? Qual a sua escolha

  24. "Mateus, primeiro os meus, depois os teus!" Quando a coisa aperta até alemão aplica o ditado português que é a única coisa globalizável do momento. rs

  25. SUS É P/ BRASILEIROS A NOVA LEI DA IMIGRAÇÃO OBRIGA O BR DAR TODOS OS DIREITOS do Povo Brasileiros a Imigrantes ilegais sem limites e sem checagem de antecedêntes criminais, inclusive sua saúde

  26. Assinar a Cruzoé foi dinheiro jogado no lixo! Não é pela postagem, estou postando em todos os artigos e não adianta barrar meu comentário, só vou ficar mais decidido em impedir que outras pessoas façam o mesmo.

    1. Tá querendo dizer que não tenho o direito de manifestar minha insatisfação publicamente? Então vai tomar naquele lugar!

    2. Quanta chatice! A escolha é sua,por que dá satisfação?

  27. Uma síntese espetacular. Ao menos quanto ao ideal do tráfego e migração irrestritos de pessoas a globalização está sepultada e com ela a União Europeia, creio. Trump e e Johnson saíram mais fortes, ainda mais se conseguirem ter uma taxa menor de mortalidade. Enfim, os "doidos" e caipiras antigblobalistas estão mostrando que tem razão. E Angela Merkel agora se mostrou tão nacionalista quanto os nacional-socialistas.

    1. Comentário com muitos vírus gramaticais. Não peguem.

  28. Já deve ter roteirista trabalhando para elucidar o que passou. Com certeza veremos em um filme. Estou morrendo de saudade do futuro. Que este chegue logo, cinema e pipoca. Vlw Duda.

  29. Excelente texto. Faltou ser mais explicito quanto à maximização dos lucros a qualquer custo, dentro da onda globalizadora, na exploração das vantagens competitivas, representadas pelo capital humano, pelas riquezas naturais e pelos patrimônios culturais das nações.

  30. Excelente. Penso que esse texto vale por um tratado de relações internacionais nesse momento histórico em que o contágio viral revoluciona todo o contexto da globalização, dos movimentos migratórios e da evolução da tecnologia da informação e comunicação. Congrats!👏👏👏

    1. Menos Joelson. Vestfália não foi um dos, foi O acordo . Foi a base para o que se conhece de relação diplomática. Leia A ordem mundial de Kinssiger e leia Sobre a China dele também.

  31. Não tem que atacar os animais não e sim esses escrotos desses chineses que trouxeram essa doença dos infernos para o mundo,pensem um pouco, uma arma biológica de nível 4 simplesmente escapar? kkkkkk

  32. E quem disse que na China o quadro de contaminação se abrandou? Informação oriunda da China definitivamente merece total desconfiança!

  33. Análise imparcial e informativa. Parabens. O bom vírus à casa retorna, gostei. Será mesmo que dá pra acreditar que os casos de coronavírus acabaram na ditadura da China?

  34. o Congresso Nacional, o Senado Federal e todas as autoridades do nosso país, incluindo claro, o Presidente da República, deveriam chamar pra uma audiência o embaixador Chinês pra esclarecer como esse Vírus só ficou alojado em uma cidade da China e não se propagou pra outras regiões do país como está acontecendo com o resto do Mundo. pra ele explicar o milagre.

    1. E já foi descartada a hipótese do vírus ter sido produzido em laboratório.

    2. Informe-se. Os chineses fecharam a área pra impedir a propagação, e tomaram medidas locais duríssimas. E houve casos fora de Wuhan.

  35. Uma contextualização rica e sem viés nas entrelinhas... o antídoto contra o vírus deve ter doses de educação, informação, projetos e ação!

  36. Já que somos um país com péssima educação, dominado por analfabetos funcionais, gente com aversão à cultura e à leitura, sugiro que, em tempos de quarentena, aproveitemos para recuperar o tempo perdido. Por que não começar pela história da China.

  37. É estranho como o mundo não tem o menor pudor em boicotar os produtos do agronegócio brasileiro por causa de muitas acusações falsas sobre a Amazônia. Mas com relação à China, ah, que medo de falar qualquer coisa porque eles podem retaliar no comércio. Me poupem! Os EUA são o segundo maior parceiro comercial do Brasil e nenhum político de esquerda ou a grande mídia tem o menor pudor em meter o pau no Trump e nos EUA. Só lembrando, a China é uma DITADURA

    1. Tai... excelente comentário. Eu tbm estou achando muito milindres em relação a China. Não se pode nem dizer que o vírus é Chinês que ofende. Eu pergunto: será que haveria o mesmo respeito se o vírus fosse brasileiro? será que não estaria um bando de brasileiros, ditos importantes, falando mal do Brasil mundo afora, com as despesas pagas por nós? Pois é. Não tem nenhum chinês fazendo palestras em outros países culpando o seu governo pelo vírus. Eles estão certos. Errados estão esses brasileiros.

  38. Tudo na natureza funciona em células interligadas mas que preservam as suas características individuais. É assim no mundo microscópico das células humanas e é assim no mundo microscópico, do sistema solar por exemplo. Se analisarmos até o desenvolvimento da informática acabou em células ligadas por redes. Para mim parece natural que as soluções de sociedade partam para o mesmo caminho, ou seja, células de sociedade com características próprias interligadas pela atual e eficiente comunicação.

    1. Graça de assertiva ! E pensar que a caterva marxista intentou sobrepor o coletivo ao indivíduo. Psicopatia pura !

  39. Chamou a atenção o fato de concentração de produção em um determinado país, caso das máscaras produzidas somente na China, ocorreu um problema sanitário e o mundo ficou sem máscaras. Isso nos lembra das nossas responsabilidades como nação para a produção de insumos consumidos pelos seus cidadãos. Muito boa a abordagem, sem sensacionalismo, narando a dura realidade dos nossos dias de confinamento familiar.

  40. Déja-vu: Fechamento de fronteiras, proibição de saída ou entrada de pessoas no país, fiscalização sobre quem viaja, passes para locomoção de pessoas nas cidades, toque de recolher, detenção de quem desobedece ordens. Só falta o fuzilamento sumário dos insurgentes. Nazismo, fascismo e comunismo em ação, novamente. Coronavírus é só uma desculpa.

  41. A Africa sofreu com o ebola, mais o mundo pouco se importou, agora como países ricos estão se fu....a coisa muda de figura. O mundo tem que repensar seus organismos de controle. Enquanto a ONU se preocupa em apoiar a democracia Chavista da Venezuela, o puto do Papa, protege a bandida da Cristina e o Verme Lula. Com certeza, nossos políticos estão esperando verbas serem liberadas, para se apossarem delas, como sempre fizeram. Corona vírus é só o começo do fim da humanidade.

    1. não foi a África inteira que sofreu com o ebola, apenas algumas regiões de alguns países e não se propagou pelo mundo. Não se pode generalizar: "África com ebola", pois se o ebola estivesse na África toda, não sobraria população nenhuma lá.

  42. Excelente texto. A globalização tem seus aspectos positivos, mas também muitos aspectos negativos. A China, uma ditadura sangrenta, com um padrão de higiene lamentável, exporta e compra do mundo inteiro. Será sempre um pergo constante.

    1. Quem fez a China do jeito que é foram justamente os países ocidentais, ao transferir suas industrias para lá, para usufruir do trabalho escravo lá existente, ou seja, produzir a um custo mínimo para auferir um lucro máximo. E agora viram que não podem ficar sob sua dependência, mas eu acho que acordaram tarde demais. Mas o mundo terá que se transformar e a China conseguirá o lugar que merece, na lata de lixo da história.

    2. China tem que indenizar o mundo. Já é a quinta vez que ela propaga vírus

    1. Antônio, o texto é muito bom e o seu comentário É o meu !! Parabéns aos dois!

  43. Os Estados Nacionais vão continuar existindo, dentre outras razões, por algo que Aldous Huxley denominou "estrangeirice absoluta".

  44. Fico pensando se houve mudança nos genes do vírus. Será que estamos a beira de uma guerra biológica ou bioterrorismo? Seria uma boa matéria para se fazer.

    1. Ótima idéia, serve para uma reflexão sobre o que está acontecendo no mundo.

  45. Brilhante matéria, Duda! Mostrando as somas e subtrações da globalização, as somas sendo maiores e o necessário cuidado pras subtrações serem compreendidas

  46. A Biblia desde os tempos de Noé já proibia alimentar-se de certos tipos de animais, mas algumas civilizações possuem hábitos totalmente diversos do ocidente.

    1. Pera aí. A bíblia, desde os tempos de Noé? Que história mais sem sentido é essa? Crenças à parte, a Bíblia, no conceito católico (de cathos) romano tem bem menos que 1000 anos. E pela própria Bíblia cristã Noé teria "supostamente" vivido no início dos tempos, ou seja, uma forma humana, a 13 bilhões de anos? Ah, dá um tempo cidadão.. apscosta

  47. SE GLOBALIZAÇÃO FOR TRAZER 300.000 bolivianos, 140.000 haitiano, 500.000 Venezuelanos 30.000 LIBANESES, e 47.000 sírios/terrorista sem checagem criminal ... NÃO MUITO OBRIGADO!!!

  48. E imaginar que hábitos alimentares foi determinante na propagação desse vírus. Seria uma boa hora para o povo chinês rever os conceitos de alimentação para o bem de si mesmo, não se deve comer qualquer coisa.

    1. mao tse tung e o socialismo ensinaram ao povo chinês a comer barata para fugir da fome

  49. A eSStrema imprenSSa e sua guerra contra o governo, não contra o vírus. Continuam tentando encurralar o presidente. Estão usando essa pandemia de FORMA POLÍTICA, na esperança de restaurar uma ideologia que foi banida nas urnas em 2018 e, se for preciso nos assustar, criar atritos entre os poderes e desestabilizar o país, eles o farão (como dizia a escorraçada e falecida dilma: FARÃO O DIABO), para eles isso é sobrevivência. Brasil sem medo. PÁTRIA AMADA BRASIL.

  50. Eu não leio nada escrito por um cara chamado Duda. É o tipo de janota chique que nunca viu uma pessoa real. É o similar feminino da Gabi, ou seja, figuras oriundas do Leblon e Vila Madalena que acham que têm o dever de cagar sua mediocridade na cabeça do povo.

  51. O povo chinês vem sendo vítima dos comunogenocidas governantes deles desde sempre. Máxime, sob maldita revolução do MAO tse tung,- além de genocida,pedófilo -, que assassinou cerca de 60 milhões de pessoas do seu próprio povo (vide Livro Negro do Comunismo). Ora, produzir, - e disseminar esse satânico comunovírus no mundo todo -, é, simples e objetivamente,dar cumprimento a mais uma etapa para implantação do globalismo, frente às demais nações,pelos plutocratas do PCChinês.

    1. Estou esperando você citar a fonte de suas “informações”. Quem disse que o vírus foi produzido pelos chineses?

    2. Ô BEÓCIO DAS 15:26: O ANTÍDOTO PRA TUA ESTUPIDEZ TAMBÉM VEM DO ORIENTE TAL QUAL O COMUNOVÍRUS CHINÊS: HARAQUI DE FOPA, JÁ !

    3. José Arnaldo, de onde você tirou que o vírus foi produzido pelos Chineses? Da sua bunda? Ficar falando merda não ajuda ninguém. Palhaço.

    4. O texto quando citou o Nazismo, e o Fascismo na Europa, "esqueceu" o Comunismo ? Sem dúvida a maior praga política e ideológica produzida pelo homem, mas aceita e divulgada até hoje. Estranho né?

    5. Isso mesmo! Só o Senhor dos Exércitos para nos guardar!

    6. ...complemento, em conclusão: donde, os chefões do PCChinês ao tempo em que põem em xeque-mate a globalização assumem, em conjunto com os títeres deles no resto do Mundo, a batuta do globalismo no comunizado concerto das nações. Solução ? Somente O Senhor dos Exércitos na causa dos humanos do Bem.

  52. Cadê o povo do PT que roubou as turras?? agora estão batendo panelas ao invés de devolver os lucros obtidos pela ORCRIM. Cadê o instituto luladrao para doar álcool gel à população? Só pensam em si e no poder. O povo que morra.

  53. Eu sou um idoso, portanto um candidato à morte. Mas antes de morrer julguei que devo dizer o seguinte: NINGUÉM TEM A MENOR IDEIA DO QUE ESTÁ FAZENDO! Como eu estou condenado a ser assassinado numa UTI qualquer onde os recursos foram surrupiados pela máfia tucano-petralha, me permitam uma última palavra aos eleitores do nosso Bananão: VOCÊS SÃO UNS #@$%&*#

    1. Falou tudo. Fodam-se todos esses políticos do passado e presente que nunca fizeram merda alguma, a não ser reger um bando de babacas fanáticos para proveito próprio.

  54. Mundo em alerta! Que os governantes aprendam, saiam da letargia e ajam com rapidez da próxima vez. Tomara que seja bem pra frente! Extrair aprendizado e caldo de galinha não fazem mal a ninguém!

    1. Vamos manter a calma. No entanto é claro que os governos federal, estaduais e municipais precisam com o apoio ostensivo de todos os poderes e de todos os cidadãos, priorizar de maneira permanente o tema SAÚDE PREVENTIVA. As famiglias, nas escolas, no trabalho e todos os locais onde pessoas se encontram.

Mais notícias
Assine agora
TOPO