Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência BrasilAugusto Heleno: ordem para virar a mesa só chegou depois das eleições

Golpe baixo!

15.02.24

O Carnaval já passou, estamos na metade de fevereiro, daqui a pouco vem o feriadão da Semana Santa, depois tem a final do BBB. Conclusão: podemos considerar que o ano de 2024 está praticamente encerrado. Nada mais de importante vai acontecer no Brasil, já é Natal na Líder Magazine!

Nem bem o desfile das escolas de samba tinha começado e a Turma do Bolsonaro gritava enquanto a Mangueira entrava na Sapucaí. Na Sapucaí deles. Os tamborins e as batatas já esquentavam na avenida enquanto milhões de brasileiros assistiam às imagens secretas da reunião bolsonazista tramando o golpe porcino, aquele que foi sem nunca ter sido.

Na minha vitoriosa trajetória de jornalista escroque e mau-caráter, conheci e participei de vários golpes de Estado: Golpe do Paco, Golpe do Padre, Golpe do Baú. Enfim, conheço todos os 171 golpes previstos pelo Código Penal Brasileiro. No entanto, confesso, não conhecia o golpe do Bolsonaro, aliás muita gente não conhecia nem no Exército, nem na Marinha muito menos na Aeronáutica.

A histórica reunião secreta foi transmitida em cadeia nacional, a mesma cadeia que aguarda por novos hóspedes assim que acabarem as investigações. Na reunião de “esquenta” do golpe, o general Brega Neto, acusou um colega de farda de ser “cagão”. Ora, isso não tem nada de mais uma vez que produzir cag$#@*&ˆ%adas não é uma arma de uso privativo das Forças Armadas permitida pela Convenção de Genebra. Outro general, o Heleno, queria virar a mesa antes das eleições. Infelizmente a sua sugestão só chegou aos golpistas no dia 8 de janeiro que, para recuperar o atraso, não só viraram a mesa mas também cadeiras, armários, relógios antigos, quadros, esculturas valiosas e o que mais viam pela frente. E por trás também!

Na minha modesta opinião esse golpe do Bozonaro não deu certo por uma questão de logística. Para se dar um golpe de estado precisa ter recurso, verba, dinheiro em grande quantidade para pagar o cachê dos golpistas. Se possível até lei Rouanet. Acostumados à miserinha os bolsoneristas achavam que iam bancar tudo vendendo um rolex em Miami ou financiando em 24 vezes sem juros no cartão do Velho da Havan. Os golpistas só não sabiam é que o Bolsonaro estava negativado no SPC.

 

Agamenon Mendes Pedreira é jornalista quatro estrelas

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  1. Agamenon. Acho que você ainda está vivendo o período do Carnaval a fase da preguiça. Não colocou nem um parágrafo para falar da patroa, como ela passou o carnaval? Eu queria, pelo menos, rir um pouco mais.

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