ReproduçãoTorcida espanhola grita palavras contra Vini Jr.

Racista à vista

25.05.23

O racismo é como o Big Brother: quando você pensa que acabou, ele volta a aparecer e com mais participantes. Todos os meus 17 seguidores e meio (das mais variadas matizes epidérmicas, sem esquecer aquele de menor comprimento longitudinal) sabem que o racismo é uma invenção do homem branco azedo para explorar os escravizados insolentes, os traiçoeiros amarelos e os indolentes indígenas. Para explorar as riquezas do Novo Mundo, os colonizadores passaram a considerar os explorados como animais, verdadeiras bestas de carga. E é aí que nasce o mito do “negão pauzudo”, possuidor de um membro gigantesco, comparado ao de um jumento. Todos sabem que isso é uma felácia! A Isaura, a minha patroa, que já se envolveu com centenas de afro-negões ajebalhados está aí mesmo para confirmar essa lenda urbana que só existe para diminuir os negros avantajados.

O mundo, apesar de não ser um ovo, ficou chocado com as agressões racistas da torcida do Valencia contra o jogador Vinícius Jr. Os valencianos, indignados com a pretitude de Vini, gritavam “mono” tão alto que parecias em “stereo”. Para tristeza dos macacos, nós, humanos (e desumanos), todos nós descendemos dos chimpanzés, com exceção dos torcedores espanhóis que ainda precisam evoluir muito para chegar a Homo Sapiens. Aquele ser que era casado com a Mulher Sapiens, cujo maior expoente foi a presidenta Dilma Roskoff.

Quem pensava que o racista era uma espécie em extinção está muito enganado. O racismo está em toda parte e tem de todos os tipos: o racismo estrutural, o racismo recreativo, o racismo reverso e o racismo preconceituoso. Graças ao sistema de cotas, os afro-negões brasileiros estão pouco a pouco ocupando posições de destaque na sociedade e no governo e, atualmente, já podem roubar o Erário como os brancos sempre fizeram, sem a menor discriminação. Até mesmo nas novelas da Globo, onde os negros só faziam papel de empregada ou bandido, já existem atores negros protagonistas que ganham uma nota preta, quer dizer, uma nota afrodescendente.

Eu se fosse o Vinícius Júnior me mandava do Real Madrid e vinha jogar no Brasil, onde não existe racismo porque, como dizia Millôr Fernandes, aqui o negro conhece o seu lugar. E de preferência no Botafogo, time alvinegro onde o preto e o branco convivem em perfeita harmonia.

 

Agamenon Mendes Pedreira é afro caboclo caucasiano

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