Os 'novos' que decepcionaram
De Wilson Witzel ao pré-candidato do Novo à prefeitura paulista, não faltam exemplos que depõem contra o discurso de que é preciso renovar a política brasileira
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Wilson Witzel entrou na campanha ao governo do Rio de Janeiro, em 2018, como um azarão. Nas primeiras pesquisas eleitorais, exibia míseros 2% das intenções de voto. Em um estado traumatizado por escândalos de corrupção, o discurso do candidato do PSC rapidamente conquistou o coração do eleitorado. No embalo da Lava Jato, Witzel ostentou as credenciais de ex-juiz federal, apresentou-se como um símbolo da renovação e, na reta final da disputa, usou o apoio da família Bolsonaro como um trunfo. A fórmula deu certo: ele bateu com folga o ex-prefeito Eduardo Paes e chegou ao Palácio da Guanabara como uma esperança de novos ares no cenário fluminense. Menos de dois anos depois de seu triunfo na estreia, o outsider caminha a passos largos rumo ao impeachment. Witzel não é o único a personificar a decepção com aqueles que se elegeram protendo mudar “tudo o que está aí”. Outros neófitos que estrearam nas urnas em 2018 acabaram se rendendo à política como ela é e às práticas nefastas que juravam combater – e, com isso, sofreram reveses.
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Comentários (10)
Teomar
2020-10-04 14:08:18De outra parte, quem recebe o VOTO, o considera como ganho pessoal que pode dispor como quiser. Quase um prêmio de loteria. O cargo público é objeto de cobiça, é investimento rentável se alcançado. Para limpar e mantê-lo na sua função de purificador permanente da Democracia,o filtro VOTO precisa estar sempre embebido de Educação de qualidade. É isso.
Teomar
2020-10-04 13:49:10O VOTO é o filtro mais importante da Democracia. Como todo filtro,o VOTO não pode estar sujo,contaminado. No Brasil, regra geral, o VOTO está contaminado tanto pelas mãos de quem os dá, como pelas mãos dos que os recebem. A miséria, as necessidades básicas não atendidas,os socorros emergenciais, as políticas assistencialistas sujam ,corrompem, comprometem o voto do eleitor.
Fernando
2020-10-04 12:22:35Helena, adorei seu artigo bem resumido e com embasamento. Excelente
Guilherme
2020-10-04 11:43:45Ouvimos, com frequência, que as pessoas no Século XXI devem ser resilientes. Haja resiliência para aguentar a política brasileira. como já disse algumas vezes um colunista desta revista: o Brasil cansa....
Eduardo
2020-10-04 11:17:57Excelente artigo. Capturou muito bem o fenômeno da frustração dos eleitores em relação à desilusão recentes das urnas. De fato, há muitos candidatos se dizendo novo e de novo só tem o nome do partido. O importante é constatar se tem expertise na Administração Pública. Quem nunca atuou no serviço público tende a generalizar pregando que nenhum servidor presta, são todos marajás, quando na verdade a maioria têm condições péssimas de trabalho. Há de se cobrar um amadurecimento político.
Marcia
2020-10-04 09:40:10A ex senadora Selma Arruda não era Juiza federal, mas estadual. Tb me parece que as acusações contra ela na justiça eleitoral não eram todas as descritas no artigo.
SONIA
2020-10-03 17:37:06Tem toda razão: foi tudo por desespero mesmo
ARY
2020-10-03 12:33:59Saída pelo alto... Não votar e observar. Nada presta.... Me indique um! Apenas para votar no Rio de Janeiro! Faça a mesma pergunta na sua cidade! Vamos nos decepcionar novamente? Meu coração não aguenta e o seu?
Maria Goiabademinas
2020-10-03 07:41:00Não tenho esperança nenhuma de melhora nas escolhas políticas, pelo simples fato da nossa sociedade ser iliterada e muito ignorante. Apegam -se a conceitos que há séculos foram sepultado na Europa, por exemplo. Somos um povinho muito vagabundo e, consequente, elegemos estas porcarias que aí estão.
Natália
2020-10-02 22:42:55Novo só no nome. Em MG fez como o Presidente na reforma federal, jogou nas costas dos servidores "chão de fábrica" o ônus, e "agraciou" a casta militar com o bônus de sempre . O que há de novo nisso????NADA, pois assim também agiam PSDB e MDB para conseguirem governar. As urnas ecoarão em novembro um sonoro " aqui prá vocês"💪, e que venha 2022!