Mauro Vieira evita parabenizar EUA por resgate de asilados na Venezuela
Ministro das Relações Exteriores disse que o governo americano não assumiu autoria da operação

O chanceler Mauro Vieira minimizou a operação que viabilizou a retirada dos opositores do ditador Nicolás Maduro asilados na embaixada argentina em Caracas.
O grupo estava sob custódia do governo brasileiro, que respondia pela representação diplomática desde agosto de 2024.
Segundo Vieira, o governo americano não pode ser parabenizado pois "não assumiram até hoje" a autoria da operação.
"Não temos por que parabenizar o governo americano por esse caso. Nem eles assumiram até hoje a autoria da operação de retirada, se é que houve, e o governo venezuelano também não disse nada. Em nenhum momento nos foi dito o que aconteceu e como foram retirados. Não posso fazer, portanto, um agradecimento no vazio. Mas foi um ato de coragem, arriscado e felicito pelo resultado", afirmou em audiência pública da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara.
Em 6 de maio, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, revelou o sucesso da transferência dos "reféns mantidos pelo regime" para o território americano.
"Os EUA comemoram o resgate bem-sucedido de todos os reféns mantidos pelo regime de Maduro na Embaixada Argentina em Caracas. Após uma operação precisa, todos os reféns estão agora em segurança em solo americano. O regime ilegítimo de Maduro minou as instituições venezuelanas, violou os direitos humanos e colocou em risco nossa segurança regional. Agradecemos a todo o pessoal envolvido nesta operação e aos nossos parceiros que ajudaram a garantir a libertação segura desses heróis venezuelanos“, publicou no X.
Cobrança a Lula
Em março do ano passado, seis opositores entraram na embaixada argentina.
O ex-ministro dos Transportes e das Comunicações no governo de Carlos Andrés Pérez, Fernando Martínez Mottola, morreu em fevereiro após deixar o edifício.
Na semana que antecedeu a operação de resgate, o grupo escreveu uma carta pública cobrando uma ação concreta do governo Lula.
Segundo os opositores, o Brasil não havia discutido nenhuma solução para a saída segura deles do país.
“Presidente Lula, levamos mais de um ano esperando uma ação concreta que garantisse nossa saída segura, acompanhados pelo seu governo, preservando nosso direito à vida, pela qual tememos diante da ameaça que enfrentamos”, diz trecho.
No mês passado, o opositor Omar González Moreno, um dos cinco asilados políticos em Caracas, denunciou a “atmosfera de terror” promovida pelo regime.
Eles acusaram a ditadura de impedir a entrada de água potável, cortar energia elétrica e ameaçá-los diariamente.
Leia mais: "Venezuelanos asilados em embaixada argentina cobram Lula"
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Comentários (3)
F-35- Hellfire
2025-05-29 08:54:57Diplomatas de carreira do Itamaraty, socorro!
F-35- Hellfire
2025-05-29 08:53:45Mauro Vieira & Celso Amorim, dois patetas da equipe Lula. Bajuladores sem opinião própia por serem despreparados e incompetentes, conduzem o Brasil para a rabeira das nações. Mauro Vieira não aplaude a libertação dos venezuelanos, reféns condenados a serem presos por Maduro por crime de opinião, por falta de liberdade de expressão! Na prisão ficam a um passo da morte! VERGONHA !
Denise Pereira da Silva
2025-05-28 21:40:38E as narrativas hipócritas do governo Lula continuam.