Vacina mencionada por Wajngarten na CPI não aparece em carta assinada em Israel
Na viagem que fez em março a Israel, o governo brasileiro, por meio do então chanceler Ernesto Araújo, assinou duas cartas de intenções: uma com a empresa privada que desenvolve o tal "spray milagroso" ainda em fase de testes que supostamente funcionaria contra o coronavírus, como mostrou Crusoé, e outra com o Hospital Hadassah, que produz uma vacina...
Na viagem que fez em março a Israel, o governo brasileiro, por meio do então chanceler Ernesto Araújo, assinou duas cartas de intenções: uma com a empresa privada que desenvolve o tal "spray milagroso" ainda em fase de testes que supostamente funcionaria contra o coronavírus, como mostrou Crusoé, e outra com o Hospital Hadassah, que produz uma vacina contra a Covid-19 cujos ensaios clínicos estão em fase 3, última etapa antes da aprovação.
O imunizante foi mencionado pelo ex-secretário de Comunicação da Presidência Fábio Wajngarten em seu depoimento à CPI da Covid no Senado como um dos pontos tratados na viagem pela comitiva brasileira, que contou com um elenco estrelado de bolsonaristas, incluindo o próprio ex-chefe da Secom, o deputado Hélio Lopes, o olavista Filipe Martins e Eduardo Bolsonaro, além de Ernesto.
Ocorre que o documento assinado pelo governo não prevê uma parceria específica relacionada à vacina. Na carta obtida por Crusoé, o tema é tratado de maneira genérica. "As partes chegaram a um entendimento sobre a intenção de fomentar a cooperação em pesquisa, desenvolvimento e inovação e a troca de informações na área de ciências da vida, com ênfase em doenças infecciosas, especialmente com relação ao coronavírus, doenças não transmissíveis, desenvolvimento de novos tratamentos e ferramentas de diagnóstico, desenvolvimento de medicamentos para doenças infecciosas e desenvolvimento de vacinas", diz o acordo.
Os termos do acordo com o Hospital Hadassah contrastam com os expressos na carta assinada por Ernesto com a empresa desenvolvedora do "spray milagroso" contra a Covid-19. Mesmo com evidências consideradas "incipientes" pelo Ministério da Saúde, o então chanceler se comprometeu nesse outro caso a fazer com que o medicamento deslanchasse no Brasil.
Leia a íntegra da carta de intenções assinada pelo governo com o Hospital Hadassah.
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Comentários (5)
Edmar
2021-05-17 15:35:49A pergunta que fica, como alguém que mente com medo do chefe, teria autoridade para garantir compras pelo governo brasileiro?
Neuza
2021-05-16 08:16:34Se entendi, em outras palavras, Significa, vocês estão por sua conta nessa, não há direitos nem benefícios. E assinaram ...
Jose
2021-05-15 22:05:13Que tal mandar este Fábio Picareta para a prisão por mentir em público. Em outro país, já teria feito harakiri. Bozistas, por favor, façam harakiri coletivo. Seria um grande presente para a nação.
Odete6
2021-05-15 20:30:54Esse moleque Pinóquio tem que ir pra cadeia, exatamente como o dono dele. ####🤥🤥🤥🤥####
Maria
2021-05-15 17:28:13este grupo de pseudo cientistas que viajou a Israel .deveriam é devolver ao caixa do tesouro.o dinheiro esbanjado por eles nesta viagem se o Brasil fosse governado por um alguém que raciocinasse o mínimo possível