UFRJ tenta se distanciar de professor que sugeriu "guilhotina" à família de Justus
Segundo a universidade, Marcos Dantas é "docente aposentado" desde 2022 e suas postagens nas redes sociais expressam suas "opiniões pessoais"

Em meio à repercussão negativa da publicação do professor Marcos Dantas Loureiro sobre a família do empresário Roberto Justus, a Universidade Federal do Rio de Janeiro tentou se distanciar do docente da Escola de Comunicação (ECO-UFRJ).
Em nota publicada no Instagram, a universidade alegou que o professor é "docente aposentado" desde 2022 e que suas postagens nas redes sociais expressam suas "opiniões pessoais", embora ele ainda se apresente como professor titular.
A UFRJ e a ECO também afirmaram repudiar "qualquer tipo de expressão de pensamento que incite à violência ou agrida a terceiros".
Eis o comunicado na íntegra:
"O professor Marcos Dantas Loureiro é docente aposentado pela UFRJ desde o ano de 2022. As postagens publicadas pelo mesmo em suas redes sociais digitais expressam suas opiniões pessoais. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Escola de Comunicação da UFRJ (ECO) repudiam qualquer tipo de expressão de pensamento que incite à violência ou agrida a terceiros. A UFRJ é uma instituição historicamente comprometida com a construção de um projeto de Nação, através do Conhecimento e da Ciência; baseia-se na defesa dos valores humanistas, na educação, na democracia e no diálogo em prol do Brasil."
Professor da UFRJ sugere "guilhotina" para filha de Justus
A família de Roberto Justus virou alvo de esquerdistas na rede social X, na sexta-feira, 4, após o perfil Poponze, que se diz “parada obrigatória para as últimas notícias” sobre “celebridades”, ter publicado uma foto que mostra o empresário com sua esposa, a modelo e advogada Ana Paula Siebert, e a filha do casal, Vicky, também destacada individualmente em outra imagem.
“RICA! Totalmente fora da minha realidade, Vicky, filha de 5 anos de Roberto Justus e Ana Paula, usa bolsa de R$ 14 MIL para combinar look com seus pais”, publicou o perfil, ao comentar imagens que tinham sido postadas no perfil do próprio Justus no Instagram.
“Os bolcheviques estavam certos”, comentou um homem identificado no X como “Gui Jong Un” (em possível referência ao ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-Un), mas apresentado em sua conta associada do Instagram como Guilherme Rodrigues, onde se descreve como “Comunista”, “Psicólogo e Mestre em Psicologia”, morador da Rússia e defensor dos slogans “Por um Governo Popular” e “Free Palestine” (Palestina livre).
“Só guilhotina…”, acrescentou, na postagem de “Gui Jong Un”, o professor titular da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO-UFRJ) Marcos Dantas, referindo-se à máquina de execução usada durante o período de Terror da Revolução Francesa, entre 1793 e 1794, para cortar cabeças.
Em seu site pessoal, Marcos Dantas informa que já participou do governo Lula, no primeiro mandato do presidente:
“Já exerceu os cargos de Secretário de Educação a Distância do MEC (2004-2005), Secretário de Planejamento e Orçamento do Ministério das Comunicações (2003) e integrou o Conselho Consultivo da ANATEL, entre outras funções públicas.”
Leia mais: Justus critica “luta de classes” após professor sugerir “guilhotina”
"Filho feio não tem pai"
Ao repercutir no X a nota da UFRJ, Marcelo Bretas, ex-juiz da Lava Jato no Rio de Janeiro, escreveu: "Filho feio não tem pai".
Filho feio não tem pai. pic.twitter.com/GCjHxZY0Ot
— Marcelo Bretas (@mcbretas) July 7, 2025
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Comentários (1)
Ernesto Herbert Levy
2025-07-07 10:03:12Inveja mata!