ReproduçãoErdogan: apoio para vários grupos terroristas

Turcos podem derrubar autocrata Erdogan neste domingo

14.05.23 09:00

Com exceção de uma tentativa de um suposto golpe militar em 2016, nunca o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan (foto), esteve tão próximo de cair do poder como neste domingo (12).

No poder desde 2003, incluindo seu mandato como primeiro-ministro, Erdogan enfrenta uma disputa acirrada nas eleições presidenciais deste ano.

O agregador de pesquisas eleitorais Poll of Polls, do Politico, aponta vantagem de quatro pontos percentuais para a oposição.

Kemal Kiliçdaroglu, do Partido Republicano do Povo, tem 50% das intenções de voto, contra 46% de Erdogan.

Caso nenhum candidato ultrapasse os 50% dos votos, a disputa vai para um segundo turno, no dia 28. Esse é o cenário mais provável.

Levantamento de eventual segundo turno entre Kiliçdaroglu e Erdogan mostra estreitamento da vantagem, 51% contra 49%.

Um fracasso na reeleição consagraria o avanço da oposição, que, em 2019, derrubou o partido de Erdogan, o AKP, das prefeituras das duas maiores cidades do país, Istambul e a capital, Ancara.

O autoritarismo do presidente é o que o deixou nessa situação.

Erdogan corrompeu o Judiciário para prender adversários políticos e jornalistas, ainda mais depois da tentativa de golpe de 2016, assim como para reprimir direitos civis de mulheres e de LGBT, um aceno à sua base muçulmana.

Há ainda a perseguição promovida contra a minoria étnica curda.

Mais impactante na vida cotidiana da população é a incompetência decorrente da concentração de poder.

Erdogan revogou a autonomia do Banco Central para impor uma política monetária caótica que alavanca a inflação e promove desigualdade.

O presidente também fez uma limpa e plantou aliados em posições de comando nas Forças Armadas, após a tentativa de golpe de 2016.

A medida comprometeu a resposta do governo ao terremoto de fevereiro, que matou mais de 44.000 pessoas e deixou 1,5 milhão desabrigadas na Turquia.

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