Toffoli se explica
Um dia após seu extenso voto, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli (foto), apresentou nesta quinta-feira, 21, ao plenário da corte, um complemento explicando qual sua posição sobre o compartilhamento de dados da UIF, nome dado ao antigo Coaf, e da Receita Federal, para uso em investigações. No documento, Toffoli afirma ser possível...
Um dia após seu extenso voto, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli (foto), apresentou nesta quinta-feira, 21, ao plenário da corte, um complemento explicando qual sua posição sobre o compartilhamento de dados da UIF, nome dado ao antigo Coaf, e da Receita Federal, para uso em investigações.
No documento, Toffoli afirma ser possível o compartilhamento entre a UIF e o Ministério Público sem autorização judicial, e reconhece que os relatórios de inteligência financeira não trazem um "extrato completo" das transações analisadas, apesar de poderem ter informações detalhadas.
Foi o principal recuo do ministro. Em julho, o presidente do Supremo mandou suspender todas as investigações no país feitas com base em relatórios da UIF que não tivessem apenas dados gerais de movimentações financeiras. Agora, Toffoli reconhece que as informações produzidas pelo órgão, mesmo com algum nível de detalhamento, não configuram uma devassa de dados fiscais e bancários, como alegou a defesa do filho do presidente e senador Flávio Bolsonaro, no pedido que embasou a decisão de julho do ministro.
Toffoli ainda aceitou que não é possível a produção de relatórios de inteligência financeira sob encomenda do Ministério Público sem haver algum procedimento investigativo. Ele chegou a criticar a medida durante o julgamento ontem, mas admitiu nesta quinta-feira que a prática é impossível, no sistema utilizado pela UIF. O sistema exige que os procuradores informem dentro de qual procedimento investigativo específico estão pedindo as informações e por qual motivo.
O ministro ressaltou que as trocas de informações da UIF com o Ministério Público só podem se dar dentro do sistema próprio de comunicação da unidade de inteligência, vetando as trocas de relatórios com o Ministério Público por outros canais, como e-mail.
Em relação à Receita Federal, o presidente do Supremo reafirmou suas teses de que o compartilhamento sem autorização judicial é possível, desde que não sejam enviados dados como extratos bancários e declarações de Imposto de Renda. Ele também reafirmou que é necessário que o Ministério Público, após receber as informações da Receita, avise imediatamente a Justiça que foi instaurada uma investigação.
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Comentários (10)
Henrique
2019-11-22 17:27:27Demorei uns 2 minutos pra ler essa nova conclusão do Tófoli (sim, fui lento). O voto dele, que foi lido, durou 4 horas é imagino que pra escrevê- lo lá se foram umas 6 horas!! Ou seja 10 horas de bullshit, pra absolutamente nada, e depois descrever o que já se é sabido - de como operam COAF + Receita Federal + MP?? Só uma palavra: INCOMPETÊNCIA!!!
JAT
2019-11-22 14:26:44É ministro diz um ditado popular. Quem coversa muito da bom dia a cavalo . É SER SÁBIO- OUVIR MAIS Q FALAR.
Barros
2019-11-22 12:03:48De notório saber jurídico esse juizinho nada tem nada. Só chegou aonde está pelas mãos do Carniça.
Benicio
2019-11-22 11:29:37Fica claro porque foi reprovado duas vezes em concurso para juiz, o advogado do PT deve ter muuuuita gratidão por quem o colocou na posição em que se encontra, e como todo esquerdopata tem problemas de clareza de pensamento se é que me entendem, lembram da Dilma? será pura coincidência?
José
2019-11-22 11:07:14Falou tanto e tanta porcaria que depois teve que explicar o que disse. Depois de torrar o saco de todo mundo com seu palavrório sem fim.
Sergio
2019-11-22 11:00:53Sem palavras...
Marcelo
2019-11-22 10:38:20Resumindo: pode mexer com todo mundo, menos com a mulher dele e do Gilmar
Sandro
2019-11-22 10:12:02Esse crápula está no stf a 10 anos, e só apenas agora que notaram.
JOSE
2019-11-22 09:22:02Bem oportuno a comparação com Rolando Lero
Nádia
2019-11-22 08:48:55Maconh'eu ia dizendo, baseado em tudo, cerveja você: a vida é drurys, portanto, NADA A DECLARAR.