Testemunhas desmentem acusação de Weintraub contra Lewandowski
Depoimentos prestados à Polícia Federal contradizem a versão de Abraham Weintraub (foto) sobre uma suposta tentativa de compra de sua casa, em São Paulo, pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal. Ex-ministro da Educação, Weintraub trabalha como diretor do Banco Mundial, em Washington, desde 2020 – o presidente Jair Bolsonaro o indicou ao cargo...
Depoimentos prestados à Polícia Federal contradizem a versão de Abraham Weintraub (foto) sobre uma suposta tentativa de compra de sua casa, em São Paulo, pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal.
Ex-ministro da Educação, Weintraub trabalha como diretor do Banco Mundial, em Washington, desde 2020 – o presidente Jair Bolsonaro o indicou ao cargo após atritos entre ele e o Supremo. Ao retornar ao Brasil em janeiro, ele declarou que um integrante do STF demonstrou interesse no imóvel.
"Vou contar um detalhe picante. Moro em uma casa, em um condomínio fechado. É uma casa boa. Um juiz do STF estava procurando casa na região, dentro do condomínio", disse o ex-ministro bolsonarista em entrevista ao podcast Inteligência Ltda, sem especificar de quem estava falando.
"Viu a minha casa e falou: 'Pô, casa bonita, hein? De quem é?'. Falaram: 'Abraham Weintraub'", disse. O suposto magistrado teria, então, acrescentado: "Pergunta para ele se ele não quer vender para mim, já que ele não vai voltar mais para o Brasil". Weintraub contou que se negou a levar o assunto adiante. "Esse juiz me negou habeas corpus. Foi um dos dez que me negaram habeas corpus", declarou.
Relator do inquérito que investiga a disseminação de notícias falsas e ataques a ministros do STF, Alexandre de Moraes abriu uma apuração preliminar à parte e determinou que Weintraub e testemunhas fossem ouvidos.
À PF, o diretor do Banco Mundial admitiu que se referiu a Lewandowski durante a entrevista ao podcast e acrescentou que o “interesse” de compra da casa pelo ministro foi comunicado a ele por seu advogado, Auro Hadano Tanaka. A responsável pela suposta intermediação, narrou, teria sido a corretora de imóveis Rose Mary Agueso.
Tanto Auro quanto Rose Mary, porém, negam qualquer visita de Lewandowski à casa. Auro disse que provavelmente Weintraub “tenha o entendido mal”, já que ele “teve uma conversa bem sucinta com Rose Mary”.
Embora reconheça que tenha contado ao ex-ministro da Educação que Rose Mary tinha Lewandowski como cliente, o advogado afirmou à PF que “em nenhum momento recebeu a informação ou repassou a ele” que o ministro do STF teria perguntado sobre a casa e insinuado que queria comprá-la.
Em seu depoimento, a corretora disse que até foi procurada em 2021 pela mulher do ministro, Yara, e que o casal, de fato, estava atrás de imóveis localizados no mesmo condomínio de Weintraub. Porém, não houve “especificação” sobre a casa procurada.
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Comentários (6)
Gustavo Nascimento
2022-03-06 17:43:39A manchete é sensacionalista.. o correto "Testemunhas não corroboram informação do ex ministro".. isso é o correto
Que importância
2022-03-06 11:31:39Esse Supremo em Sí AMorais é um desocupado. Que importância tem esta besteira para mobilizar um ministro da corte constitucional e demais servidores numa investigação absolutamente sem sentido. Tá mais parecido com bate-boca de comadres.
MARCOS
2022-03-06 10:49:19ACREDITO QUE ELE FALOU A VERDADE E ESTÃO ENROLANDO ELE.
@MauroVS
2022-03-06 09:47:07Ah, sim. Disse, porém as testemunhas do delinquente o desmente.
MARIA
2022-03-06 09:43:28CREDO. COMO ESSA GENTALHA MENTE... SÓ DEUS NA CAUSA... O MINISTRO LEWANDOVSKY FEZ MUITO BEM EM NÃO ESTICAR A CONVERSA.
Jose
2022-03-06 08:14:38Nenhuma surpresa. Bozistas são mentirosos compulsivos. Mentir faz parte do DNA destas criaturas bestiais. Cadeia neles!