Testemunhas de defesa de Kassab estão nos governos de Bolsonaro, Doria e Covas
O ex-ministro Gilberto Kassab (foto) apresentou à Justiça de São Paulo o rol de testemunhas que vão depor em sua defesa na ação de enriquecimento ilícito na qual o Ministério Público paulista o acusa de ter recebido 21,2 milhões de reais da Odebrecht, via caixa dois, entre os anos de 2008 e 2014. Ao todo,...
O ex-ministro Gilberto Kassab (foto) apresentou à Justiça de São Paulo o rol de testemunhas que vão depor em sua defesa na ação de enriquecimento ilícito na qual o Ministério Público paulista o acusa de ter recebido 21,2 milhões de reais da Odebrecht, via caixa dois, entre os anos de 2008 e 2014.
Ao todo, os advogados que representam o "dono" do PSD listaram seis testemunhas que o assessoraram quando ele foi prefeito de São Paulo, entre 2006 e 2012. Curiosamente, três delas estão hoje lotadas nas gestões do governador de São Paulo, João Doria, do prefeito da capital paulista, Bruno Covas, e do presidente Jair Bolsonaro.
A lista é encabeçada por Antônio Carlos Rizeque Malufe, atual chefe da Casa Civil de Doria. Malufe assumiu o cargo em definitivo no fim do ano passado, depois que o próprio Kassab pediu exoneração da função ao se aproximar de Bolsonaro. Kassab tinha sido escolhido por Doria para comandar a pasta, mas se licenciou do cargo antes mesmo de tomar posse para se defender das acusações de recebimento de propina da JBS.
Outro nome escolhido para defender o ex-ministro de Dilma Rousseff e Michel Temer na Justiça é o de Marcus Vinícius Sinval, que trabalhou com Kassab na prefeitura e no governo federal e desde 2019 é secretário de Comunicação do prefeito Bruno Covas na capital paulista.
Para ajudá-lo a rebater as acusações de recebimento de pagamentos ilícitos feitas pelos delatores da Odebrecht, Kassab indicou também o engenheiro Carlos Roberto Fortner, que já foi desde subprefeito de Parelheiros, na periferia da zona sul de São Paulo, a presidente dos Correios. Desde junho do ano passado, Fortner é o presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação, órgão ligado à Casa Civil do governo Bolsonaro, por indicação de Kassab.
Os advogados do cacique do PSD querem que todas as testemunhas deponham pessoalmente no processo e que Kassab seja ouvido somente após os depoimentos dos delatores da Odebrecht. O MP paulista já bloqueou os bens do ex-ministro e pede na ação a devolução de 85 milhões de reais recebidos via caixa dois da empreiteira. Kassab nega as acusações.
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Comentários (3)
Odete6
2021-01-30 23:01:16É!... É dificílimo de digerir... mas a realidade é essa mesma e sem retoque: o país está tomado por uma só, tenebrosa e repugnante facção criminosa. Em todos os quadrantes.
Voto Salva
2021-01-30 20:19:51Tem que aproveitar que o Kassab forneceu uma lista de nomes como testemunhas e aproveitar e investigar um por um e ver o que vai aparecer de dinheiro não declarado, caixa dois, caixa três, propinas, contas em paraísos e etc. vamos investigar todos MP que vai voltar uma grana alta aos cofres públicos e vários nomes dessas lista de testemunhas vao acabar na cadeia. 2022 Vamos trazer a Lava Jato de volta mais robusta para pegar desde o togado ao politico corrupto. Ja vou estocar pipoca para 2022 !!
Jose
2021-01-30 18:01:50Coitado do Kassab. Não poderá pagar mais os seus bofes com o dinheiro bloqueado.