STF solta turco perseguido por Erdogan, mas com tornozeleira
O cidadão turco naturalizado brasileiro, Ali Sipahi, deixou a carceragem da Polícia Federal em São Paulo nesta quarta-feira, 8, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele ficará com tornozeleira eletrônica e aguardará em liberdade o julgamento do pedido de extradição feito pela Turquia. Desde 2016, o governo do presidente Recep Erdogan tem perseguido membros...
O cidadão turco naturalizado brasileiro, Ali Sipahi, deixou a carceragem da Polícia Federal em São Paulo nesta quarta-feira, 8, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele ficará com tornozeleira eletrônica e aguardará em liberdade o julgamento do pedido de extradição feito pela Turquia.
Desde 2016, o governo do presidente Recep Erdogan tem perseguido membros do Hizmet, a organização liderada pelo clérigo muçulmano Fethullah Gulen, um ex-aliado de Erdogan que hoje vive nos Estados Unidos. O Hizmet administrava diversas escolas no país e vários de seus membros possuíam cargos públicos. Em 2016, após uma esquisita tentativa de golpe, Erdogan passou a culpar o Hizmet pelo ocorrido e a chamá-los de terroristas. O expurgo que se seguiu não se limitou à Turquia.
No Brasil, Sipahi participava do Centro Cultural Brasil-Turquia e da Câmara de Comércio e Indústria Turco-Brasileira, ambas ligadas ao Hizmet. A notícia de sua liberação foi um alívio para os cerca de duzentos integrantes da organização que vieram para o Brasil.
"Outros países receberam dezenas de pedidos de extradição das embaixadas turcas, mas preferiram ignorá-los. No Brasil, contudo, teve início um processo judicial. Nosso medo era o de que, a cada vez que a embaixada pedisse a extradição de alguém, um de nós seria detido", diz Mustafa Goktepe, presidente do Centro Cultural Brasil-Turquia e amigo de Sipahi.
A alegação usada pelo ministro Edson Fachin para liberar Sipahi foi a de que ele "tem nacionalidade brasileira, desenvolve atividade empresarial e mantém a mulher e o filho". Sipahi ficou um mês preso.
Ali Sipahi divulgou nesta quarta, 8, uma mensagem nas redes sociais: "Eu sou vitima de perseguição da Turquia. As acusações não têm fundamento e são absurdas. Acho que, quando o meu caso for analisado, os juízes perceberão isso. Sou um simples cidadão que mora no Brasil há doze anos. Na Turquia, centenas de milhares de pessoas estão presas e sofrendo de acusações políticas por anos. Muitas pessoas se refugiaram em outros países fugindo da perseguição de Erdogan. Eu sequer posso viajar para meu país natal, nem consigo falar com minha família de lá. Estou confiando na Justiça brasileira e vejo a decisão de minha liberação como um avanço".
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Comentários (4)
Paulo
2019-05-09 00:08:26Gosto de ler os comentários, mas alguns são ininteligíveis. Realmente precisamos rever nosso sistema de ensino.
TANIA
2019-05-08 20:29:09Tornozeleira quantos temos em uso no Brasil? Rodrigo Rocha Loures foi filmado recebendo dinheiro pode não ter sido só essa vez e encheu uma mala pegou um avião foi para NY com Políticos inclusive Dória Ficou pouco tempo com sua tornozeleira o juiz do STF disse que era um incômodo a tornozeleira coitado assim como outros em prisão domiciliária vivem com luxo e bens recebem salário sem trabalhar e serão felizes para sempre enquanto puderem pagar advogados milionários.
Jose
2019-05-08 13:04:38O Ditador Turco. Edoga. Está certo! O Melhorem para o Brasil que estamos Na direita , emsegurar este Turco mentiroso e não. Extraditar porque Edogan está Amigo de. MADURO
Jose
2019-05-08 13:01:20Este cidadão Turco, está no Brasil como refugiado! Ele tem culpa no su país a Turquia , nenhuma pessoa sai do seu País fugindo à toa , como os outros trocentos Turcos que entraram no Brasil ,fugindo da Turquia ! todos eles tem problema, e mais eles Não vieram a Colonizar o Brasil como no Pasado , eles todos são refugiados políticos que entraram no Brasil , com muito dinheiro no bolso , e no Banco do partido deles,assim funciona tudo papo dos Turcos mentira para salvar a pele Endogami o Ditador