Próximo presidente da Bolívia terá de fazer ajuste fiscal
Assim como outros países da América Latina, a Bolívia se beneficiou do aumento do preço das commodities, principalmente do gás natural. Nos últimos dez anos, o crescimento anual do PIB foi superior a 4%. Até o início dos conflitos por causa da fraude no primeiro turno da eleição, a previsão era de um aumento em...
Assim como outros países da América Latina, a Bolívia se beneficiou do aumento do preço das commodities, principalmente do gás natural.
Nos últimos dez anos, o crescimento anual do PIB foi superior a 4%. Até o início dos conflitos por causa da fraude no primeiro turno da eleição, a previsão era de um aumento em torno de 3,9% este ano.
Contudo, o bom momento das commodities acabou em 2014. Desde então, o crescimento econômico foi sustentado por uma elevação irresponsável dos gastos públicos.
O resultado é que a dívida pública do governo de Evo Morales (foto), que em 2013 estava em 36% do PIB, subiu para 54%. "O governo de Morales gastou mais do que devia e essa conta vai chegar. Se o próximo governante for mais responsável, ele terá de fazer algum ajuste fiscal", diz a economista Patricia Krause, da seguradora de crédito Coface. "Provavelmente, a culpa pelas amargas medidas de ajuste não recairá sobre Evo Morales, mas sobre o próximo governante."
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Comentários (10)
Contribuinte
2019-11-19 10:22:06É mais do mesmo. A América do Sul é bichada...
Rômulo
2019-11-19 06:17:56🇧🇷 Já viu comunista ☭ administrar alguma coisa com responsabilidade? 🤔 Bando de parasitas e ladrões
Quiet
2019-11-19 05:20:52Com a nova composição, os bolivianos saberão até onde esse senhor foi. Espero que não encontrem o cenário de terra arrasada como aconteceu aqui!! Mas...é aguardar.
Alessandro
2019-11-18 22:55:23Claro que ele não entregaria a Bolívia de mãos beijada. Parece ser uma idéia bastante audaciosa. Ou seja, o próximo governo terá que fazer os ajustes fiscais, que em qualquer país não é nada popular, enquanto isso, o Evo Morales tira férias por um mandato e retorna como o Salvador da Pátria por mais dois ou três mandatos. Estão pensando que a esquerda é boba?
Carlos
2019-11-18 22:31:56Um governo afunda o país. O governo seguinte precisa resolver a situação deixada pelo governo anterior e acaba levando a culpa pelo rigor dos ajustes.
Jose
2019-11-18 21:12:29Comportamento normal entre os governos de todos os níveis na América Latina. Perde impostos, mas não corta gastos. Pode fazer igual ao Guedes. Projetar um rombo imenso no início do ano para depois dizer que ele conseguiu reduzir o rombo pela metade. Os bozistas ficam contentes, mas o rombo e ainda um grande rombo nas contas públicas.
Uira
2019-11-18 19:39:35Ou seja, a vantagem neste contexto está em não se precisar em reinventar a roda, mas em focar na execução meticulosa e primorosa. E é óbvio que a corrupção vai na contramão disto, pois ela depende da desorganização, falta de delimitações claras, mecanismos de controle, todas coisas necessárias para se atingir eficiência social.
Uira
2019-11-18 19:25:50Além do mais, no médio e longo prazo, há espaço para que sejam realizados investimentos em educação de modo a se aumentar a produtividade da economia. Portanto, quanto maior o gap para países desenvolvidos, maior deveriam ser os efeitos de políticas bem planejadas e executadas na promoção do crescimento e desenvolvimento social, econômico e tecnológico. Afinal, quanto maior o gap, maior o espaço para se implementar políticas que já se comprovaram efetivas em outros lugares.
Uira
2019-11-18 19:16:01Ademais, dependendo da reestruturação do Estado e das finanças públicas, ainda há a possibilidade de se reduzir a proporção da dívida pública pela mera troca de taxas mais caras por taxas mais baratas. Apesar de o Brasil apresentar déficit nominal, ainda assim, o custo do serviço da dívida está caindo em função da queda da SELIC. Pq o mesmo não poderia vir a ocorrer na Bolívia? Além do mais, carências não representam só problemas, mas oportunidades.
Uira
2019-11-18 19:09:34Se a economia boliviana ainda tiver espaço para crescer, então a dívida pública poderia ser domada sem necessariamente se precisar sacrificar a arrecadação do governo. Além do mais, certamente há bastante espaço para se "otimizar" a economia, unindo o controle, e não redução da dívida, com um processo de ganho de eficiência, não seria preciso recorrer ao aumento da dívida para se manter a trajetória de crescimento econômico.