Promotores dizem que decisão do STJ 'descarta rico material' sobre desvios em hospital de campanha
Em reação à decisão do Superior Tribunal de Justiça que anulou as investigações sobre fraudes no hospital de campanha do estádio Mané Garrincha, em Brasília, promotores responsáveis pelo caso afirmaram que o entendimento da corte, se mantido, vai "descartar rico material" sobre desvios no contrato de 79 milhões de reais. Eles dizem que estão "tomando...
Em reação à decisão do Superior Tribunal de Justiça que anulou as investigações sobre fraudes no hospital de campanha do estádio Mané Garrincha, em Brasília, promotores responsáveis pelo caso afirmaram que o entendimento da corte, se mantido, vai "descartar rico material" sobre desvios no contrato de 79 milhões de reais. Eles dizem que estão "tomando providências" e esperam reverter o julgamento.
"Neste e em outros casos rumorosos, os fatos teimam em contrariar as teses defensivas artificialmente construídas para privilegiar visões menores frente aos interesses da coletividade em ver as contratações públicas, especialmente aquelas da área de saúde, mais ainda em tempo de grave crise sanitária, submetidas a um mínimo decência. Ambos os contratos investigados foram, em tese, celebrados mediante direcionamento, utilizando-se da situação de pandemia para alimentar esquemas indiciariamente criminosos", afirmam os promotores.
A Quinta Turma do STJ decidiu anular toda a Operação Grabato, que investigou as fraudes nos contratos para a compra de leitos de enfermaria e suporte avançado no hospital montado para combater a Covid-19 em Brasília. Os ministros acolheram o argumento de que, por envolver recursos federais, a Justiça Estadual, que autorizou buscas e apreensões durante a investigação, era incompetente para conduzir o caso.
Os promotores contestam a tese, e dizem que "não havia nenhum valor despendido que pudesse fixar o interesse da União no caso, mas apenas uma Nota de Empenho, por estimativa, em apenas um dos contratos, constando a fonte da União, no valor de R$100.000,00, correspondente a 0,001% da despesa total, nota que foi anulada tão logo as medidas de busca foram realizadas".
"Mais de 90% dos recursos utilizados no pagamento do primeiro contrato são do Distrito Federal. O segundo contrato sequer teve despesa liquidada", sustentam os promotores.
Como mostrou Crusoé, o empresário piauiense Kennedy Braga, que mantém negócios e influência no governo do Distrito Federal, estava entre os alvos da operação. Ele é aliado do senador Ciro Nogueira, do Progressistas.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (10)
Hildemario
2020-11-18 10:43:58É notório e público que magistrados só podem tá envolvidos nesse mar de lama, pois, nenhuma dessas investigações avançam. Esse bolo já tá fatiado . Jogo de cartas marcadas. É precido a ser uma limpeza.
Tetakoawara
2020-11-15 10:03:31Só na bala mesmo
César
2020-11-14 14:01:51Será também amigo do novo ministro do STF?
TONI FERREIRA
2020-11-14 13:52:39Quer dizer que há uma intromissão política que influem nessas decisões? Parece incrível essa interferência de políticos no Poder Judiciário a fim de abafar crimes gravíssimo contra a saúde pública, os quais contribuíram para muitas mortes durante a pandemia.
Maria
2020-11-14 09:31:29Justiça imunda e nojenta. Defende e apoia os ladrões de colarinho branco. Com certeza, se não são os próprios juízes sócio oculto nos negócios, é algum familiar seu. A justiça está toda contaminada. PQP. 🤮🤮🤮
Wanderlei
2020-11-14 08:45:41As "altas cortes" contaminadas e aparelhadas ajudam a alastrar a praga da corrupção.
João
2020-11-14 08:27:08É a nossa justiça eficiente em proteção aos corruptos.
Cláudia
2020-11-14 08:04:28A aliança com o centrão já começou a fazer seus estragos. Ciro Nogueira sempre ajudando os seus.
Lauro
2020-11-13 23:11:08Até quando? Agora a sacanagem é aberta. Nem tentam esconder. Ainda bem que nesse governo não há corrupção, pois senão estaríamos perdidos. rsrsr
Rizia
2020-11-13 22:40:30estes caras do STJ não sabem nem vingir mais, a maldade deles em ser complacentes com a injustiça e a fraude no país é um crime do qual eles ou elas terão de dar conta. É muita covardia destes ministros de injustiça, na próxima matéria sobre eles, coloquem os nomes (se possível) destas pessoas públicas que agem como se o interesse publico fosse jogo de retorica furada, pois nem justificativa aceitável eles deram. E pode isto?