Procuradoria denuncia funcionários da BRF acusados de adulterar alimentação de frangos e porcos

04.12.19 20:06

O Ministério Público Federal no Paraná denunciou nesta quarta-feira, 4, onze funcionários da BRF acusados de adulterar entre 2014 e 2018 o composto utilizado na engorda de aves e suínos criados pela empresa alimentícia e que eram comercializados para o mercado interno e externo. A acusação é um desdobramento da terceira fase da Operação Carne Fraca, chamada de Operação Trapaça.

De acordo com o MPF, as adulterações incluíam a alteração da dosagem utilizada no composto até o uso de substâncias proibidas, incluindo antibióticos, para ser utilizadas na engorda dos animais. O grupo ainda teria agido para escapar da fiscalização, mexendo nos estoques dos produtos da empresa dias antes dos fiscais vistoriarem e adulterando as embalagens dos produtos para simular que o composto estava de acordo com a lei.

“Ao burlar a fiscalização federal e adulterar sistematicamente os índices de emprego de antibióticos em sua produção, uma empresa do porte da BRF acaba por ameaçar, além da saúde, não apenas a sua marca, mas anos de diplomacia e de promoção comercial que foram necessários para que se pudesse criar, no exterior, a imagem do Brasil como um produtor confiável de alimentos. Assim, as condutas criminosas de adulteração de exames e do emprego de fraudes para ludibriar o sistema de fiscalização federal ultrapassam, no que pertine ao alcance de seus resultados, as consequências que costumam ser vistas nos citados tipos penais quando considerados de forma pontual”, diz a denúncia.

Os onze acusados foram denunciados pelos crimes de estelionato qualificado, falsidade ideológica, invólucro ou recipiente com falsa indicação, falsificação de substância ou produto alimentício, adulteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais e associação criminosa.

Em nota, a BRF afirmou que tem “total interesse no esclarecimento de todos os fatos” e que, dentre os 11 denunciados, afastou um “colaborador da área técnica”. “A BRF reitera que cumpre as normas e regulamentos referentes à produção e comercialização de seus produtos, possui rigorosos processos de segurança alimentar, controles de qualidade e não compactua com práticas ilícitas”, diz a nota.

Os comentários não representam a opinião do site. A responsabilidade é do autor da mensagem. Em respeito a todos os leitores, não são publicados comentários que contenham palavras ou conteúdos ofensivos.

500
  1. O que esperar de uma empresa comandada por bandidos, que visam o lucro à qualquer custo e que se beneficiou da "bondade" do BNDES durante os governos petistas, construindo patrimônio às custas de corrupção?

  2. Como pode uma empresa dizer que nada sabia. Explique onde foi comprado o material usado . não há nota fiscal? Consta no estoque do almoxarifado da empresa? Há controle de saída do material? Tão fácil investigar que dá nojo dos envolvidos na fiscalização do produto.

  3. incrível o redator da nota de imprensa da BRF. Ela não compactua com isso? então os funcionários praticam esse crime voluntariamente, para aumentar os lucros da empresa? É muita cara de pau.

  4. COVARDES INOMINÁVEIS!!!!! SUBESPÉCIE INQUALIFICÁVEL!!!!! ATENTAM ININTERRUPTAMENTE CONTRA A VIDA E A SAÚDE DAS POPULAÇÕES!!!!!

  5. Isso é light... comparado a corrupção escancarada nos Três Malditos Poderes que mata muito mais do que os venenos, agrotóxicos na carne de frango e porco!!

Mais notícias
Assine agora
TOPO