Procuradora formaliza mandado de prisão contra Evo Morales
Ex-presidente da Bolívia está sendo investigado pelos crimes de tráfico de pessoas e estupro de uma menor de idade
A promotora de Tarija, Sandra Gutiérrez, formalizou uma acusação contra o ex-presidente da Bolívia Evo Morales pelo crime de tráfico de pessoas e estupro nesta segunda, 16.
Segundo Sandra, o cocalero ainda não compareceu ao Ministério Público para prestar depoimento e disse que os protestos em defesa de Morales não impedirão o cumprimento das leis:
"Digo à toda população boliviana que até o último momento que eu estiver aqui nós vamos fazer com que se cumpra a lei. Sem importar quem seja.
Com isso, nós vamos descartar de que isso tenha sido um show político ou que tenha sido para chamar atenção. Ou que essa pessoa tenha recebido milhões, como se dizia, para que não existisse um mandado de prisão.
Estamos demonstrando que a justiça sim existe e que nós, se Deus nos permitir, vamos continuar até as últimas consequências", disse em entrevista a jornalistas.
A promotoria emitiu ainda um alerta migratório para Morales e para a mãe da suposta vítima, Idelsa Poszo, que teria entregue a menor ao ex-presidente em troca de favores.
Agora, um juiz deve marcar a audiência para adoção de medidas cautelares.
As acusações
Segundo a denúncia, Morales teria cometido o crime de tráfico de pessoas e estupro de uma menor com quem teria tido um filho.
Desde o início das investigações Morales se refugia na região de Chapare.
Na semana passada, os seguidores do cocalero acusaram o presidente Luis Arce de tentar envenena-lo.
Protestos
Em novembro, apoiadores de Morales ocuparam um quartel e fizeram 20 militares de reféns na região do Chapare, em Cochabamba.
Eles reivindicavam a absolvição sumária do ex-presidente nos processos nos quais o cocalero está sendo investigado.
No mês anterior, a "Tropa de Choque" de Morales bloqueou várias estradas na região de Cochabamba.
Para tentar impedir a prisão do ex-mandatário, os seguidores promoveram uma convulsão social tentando forçar que Morales fosse novamente candidato.
O Tribunal Constitucional da Bolívia, contudo, revogou um pedido para que Morales pudesse concorrer novamente.
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