Agência Câmara

Procurador bolsonarista quer derrubar exigência do ‘passaporte da vacina’ em unidades da DPU

22.02.22 15:18

O procurador bolsonarista Ailton Benedito de Souza (foto) tenta derrubar na Justiça a exigência do comprovante de imunização contra a Covid-19 para a entrada em unidades da Defensoria Pública da União de todo o país.

Para o integrante do Ministério Público Federal, a cobrança do “passaporte da vacina” resulta na “estigmatização” das pessoas que resistem em tomar os imunizantes e em “discriminação ilícita“. “Qual é o objetivo de privar direitos de pessoas não vacinadas? Seria por motivos de saúde pública? Ou para punir aqueles que não se vacinaram?“, escreveu.

Ailton atua na Procuradoria da República de Goiás. No estado, a DPU impôs a obrigatoriedade da apresentação do comprovante para todos que trabalham na instituição e visitantes. São exceções apenas aqueles que, comprovadamente, tem contraindicação à imunização, desde que apresentem teste RT-PCR ou de antígeno negativo para a covid-19 realizado nas últimas 72 horas.

À Justiça Federal, o procurador afirmou que a ação visa “proteger e restabelecer os direitos fundamentais ameaçados ou lesados” de cidadãos antivacina. Como argumento, Ailton afirma que os imunizantes contra o novo coronavírus são “experimentais“, contrariando o entendimento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Exigir comprovante de vacinação (passaporte vacinal) para o SARS-CoV-2, a fim de que o cidadão possa obter a prestação estatal de serviço essencial significa, sem tergiversação, obrigá-lo a tomar as vacinas que estão disponíveis, apesar de todas as reservas, contraindicações e riscos que as próprias fabricantes e a Anvisa reconhecem e incorporaram nos documentos pertinentes“, anotou.

Apesar das declarações de Ailton, a Anvisa atestou a segurança e a eficácia de das vacinas liberadas para a população no país. A agência já reiterou diversas vezes que os imunizantes evitam quadros graves e hospitalizações decorrentes da Covid-19.

Após o ajuizamento da ação, o procurador recebeu o apoio de parlamentares conservadores nas redes. “Finalmente o Ministério Público Federal se levanta contra a ilegal restrição de direitos fundamentais, sem previsão legal! Se forem ler a inicial, atentem à parte que trata do princípio da LEGALIDADE! Tenho avisado, as pessoas precisarão ser indenizadas!“, disse a deputada Janaina Paschoal.

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  1. Será que ele já leu a bula de alguma vacina? Se for ler os efeitos colaterais possíveis, é melhor não tomar nenhuma vacina nem remédio.

  2. Apesar de não concordar com este servidor público, sugiro que ele leia a legislação sobre o passaporte, já que basta o servidor apresentar o teste de COVID feito em até 3 dias.Discordo também sobre o questionamento do papel legal da ANVISA feito por este servidor, já que a ignorância médica dele e a falta de observância do princípio da legalidade e da realidade, o fazem decidir por uma medida que pode prejudicar a contenção do vírus em sua instituição, que existe para atender o público.

  3. Essa deputada Janaína é bonita mas tem cocô na cabeça. Assim como o Meritríssimo Levianowski, concordou em perda do mandato mas não necessariamente perda de direito político, no julgamento de impeachment de Dilma, quando a lei estabelece a perda simultânea. Não lutou por nada decente em seu mandato na assembleia paulista.

  4. Como estes mentecaptos imaginam que os não vacinados tem o direito de andar por ai dando "pernas" para o virus e a chance de prosseguir com as mutações, infectando e reinfectando os outros? Isto já é falta de humanidade!

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