Presidente do Haiti é assassinado em residência oficial
O presidente do Haiti, Jovenel Moise (foto), foi assassinado a tiros na residência oficial na madrugada desta quarta, 7, por um grupo armado. A primeira-dama, Martine Moise, foi ferida e está hospitalizada. Mais detalhes sobre o crime serão divulgados em breve. Moise, de 53 anos, estava governando seu país de forma cada vez mais autoritária. Segundo...
O presidente do Haiti, Jovenel Moise (foto), foi assassinado a tiros na residência oficial na madrugada desta quarta, 7, por um grupo armado. A primeira-dama, Martine Moise, foi ferida e está hospitalizada.
Mais detalhes sobre o crime serão divulgados em breve.
Moise, de 53 anos, estava governando seu país de forma cada vez mais autoritária. Segundo o Superior Tribunal de Justiça, seu mandato de cinco anos expirou em fevereiro deste ano. Mas ele se recusou a deixar o posto e não organizou eleições. Moise alegava que, como o início de seu governo atrasou por denúncias de fraude nas eleições de 2015, ele só teria de deixar o poder em 2022.
Mais recentemente, prefeitos foram substituídos por pessoas escolhidas pelo presidente e o Parlamento foi suspenso.
O presidente contava com o apoio das Forças Armadas, da polícia nacional e de gangues violentas, que recebiam armas e dinheiro do governo. Esses grupos pressionavam a oposição, juízes independentes, jornalistas e ativistas dos direitos humanos.
"O assassinato de Jovenel Moise é uma prova do colapso total do sistema político do Haiti. Ele era um presidente muito impopular e ilegítimo. No entanto, a forma como ele foi supostamente morto é um retorno à política do início do século XX e um grande golpe na consolidação democrática do país. Agora, o Haiti está sem liderança e sem nenhum funcionário eleito no comando. É um estado falido no hemisfério ocidental", diz o cientista político haitiano John Miller Beauvoir, que vive no Canadá e escreveu um livro sobre a política haitiana.
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Comentários (7)
Avelar
2021-07-07 15:34:07Que situação triste. Quem assumirá, considerando que o congresso estava fechado? Há um grande risco de um militar se estabelecer como ditador
Maria
2021-07-07 13:59:05Que sirva de exemplo para o Minto. Não gostamos de ditadores genocidas. MS
MARCIO
2021-07-07 12:25:13Fizeram bem em eliminar ele, era um ditador e, acima de tudo, um político. Todo político merecia isso. Agora é só procurarem um líder bom.
Carlos Renato Cardoso da Costa
2021-07-07 11:57:37De golpe em golpe vai o terceiro mundo cada vez mais alegre rumo ao buraco. A instabilidade política é marca forte de todo país atrasado.
Nádia
2021-07-07 10:03:14Que coisa, né? Só precisava ter pego seu boné e saído na hora certa...
LUIZ
2021-07-07 09:06:10Lamentável a morte, mas que não seja inútil. Permita o pobre país melhorar suas condições, e sirva de alerta que apoio de militares, mediante distribuição de cargos e outras benesses é muito perigoso, bem como o apoio de mercenários ou milícias também é.
Jose
2021-07-07 09:04:57Interessante. Moise estava igual ao Bozo: “impopular e ilegítimo, que governava com apoio das Forças Armadas, da polícia e das gangues violentas”.