Presidente da Câmara de BH diz que não renuncia — pelo Diário Oficial
O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Gabriel Azevedo (Sem partido; foto), anunciou nesta quarta-feira,3, que não renunciará ao seu cargo, e que permanecerá no mandato até o fim do ano. A sua manifestação, no entanto, não se deu por meio da imprensa, ou pelas redes sociais. Ela se deu por meio de um...
O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Gabriel Azevedo (Sem partido; foto), anunciou nesta quarta-feira,3, que não renunciará ao seu cargo, e que permanecerá no mandato até o fim do ano. A sua manifestação, no entanto, não se deu por meio da imprensa, ou pelas redes sociais. Ela se deu por meio de um comunicado no Diário Oficial do município.
"[O presidente da Câmara dos Vereadores comunica] que NÃO RENUNCIARÁ AO CARGO DE PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE sob nenhuma hipótese, e que permanecerá no cargo que lhe foi confiado pelos seus pares até o fim de seu mandato, o que se dará em 31 de dezembro de 2024", escreve o parlamentar.
No parágrafo seguinte, no entanto, ele dá pistas sobre o real motivo de tal comunicado: "todo e qualquer documento que possa ser interpretado como sua renúncia ao cargo de Presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, constando seu nome ou não, NÃO CONSTITUI ATO VÁLIDO DE SUA MANIFESTAÇÃO DE VONTADE, sendo, portanto, NULO e incapaz de produzir efeito."
Vereadores e parte da imprensa mineira indicam que o comunicado de Gabriel é uma tentativa de se proteger dele mesmo — ou de um documento, supostamente assinado por ele, onde ele renunciaria ao cargo em janeiro deste ano. O documento seria parte de um acordo seu com o vice-presidente da Casa, Juliano Lopes (Agir).
Gabriel está no cargo há exatos 367 dias, mas suas polêmicas e comportamento errático acabaram por colocá-lo nos holofotes muito mais que o necessário — e não pelas boas razões. Ele acusou uma ex-vereadora (a hoje deputada federal Nelly Aquino) de "vender a alma" quando ocupou a presidência da Casa. E, por isso, viu aberto contra si um insólito pedido de impeachment na Câmara.
Após um acordo, o caso foi arquivado em novembro, mas Gabriel segue sem a confiança total dos vereadores da Casa.
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