PGR quer esticar inquérito que mira Renan e ouvir o senador no lugar da PF
A Procuradoria-Geral da República defendeu no Supremo Tribunal Federal a prorrogação por 60 dias do inquérito que investiga Renan Calheiros, do MDB, pela suposta atuação em favor de um empresário do setor de portos em troca de propina à época em que presidia o Senado. A decisão cabe à relatora do processo, Rosa Weber. Na...
A Procuradoria-Geral da República defendeu no Supremo Tribunal Federal a prorrogação por 60 dias do inquérito que investiga Renan Calheiros, do MDB, pela suposta atuação em favor de um empresário do setor de portos em troca de propina à época em que presidia o Senado. A decisão cabe à relatora do processo, Rosa Weber.
Na peça, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, braço direito de Augusto Aras, ainda pediu para a PGR tomar, no lugar da PF, o depoimento de Renan, seja presencialmente, seja por meio do sistema de videoconferência do órgão.
As investigações indicam que o senador recebeu recursos de Richard Klien, da Multiterminais, para viabilizar a aprovação de duas medidas provisórias, uma editada em 2012 e outra em 2013. A primeira, conhecida como MP dos Portos, alterou o marco regulatório do setor, abrindo mais espaço para empresas privadas e modificando regras trabalhistas.
A segunda ampliou a desoneração da folha de pagamentos de 14 setores da economia e permitiu que a contribuição patronal do INSS, de 20% sobre os salários dos funcionários, fosse trocada por uma alíquota que varia de 1% a 2% sobre o faturamento bruto.
As transferências financeiras, aponta o inquérito, aconteceram por meio de Milton Lyra, investigado como operador do então PMDB do Senado e, especialmente, de Renan, a partir de contratos fictícios. Os investigadores suspeitam, por exemplo, de uma transação de 733 mil reais entre a Multi STS, ligada a Klien, e a Credpag, velha conhecida de investigadores e apontada como biombo de Lyra para o recebimento de propinas.
De acordo com PF e PGR, além do depoimento de Renan Calheiros, há outras diligências pendentes, como as oitivas de Lyra e Klien, além do aprofundamento da investigação sobre as empresas All América, Porte Projetos e Link Projetos, “possivelmente” usadas pelo operador de Renan para lavagem de dinheiro.
“Diante das circunstâncias ainda não completamente esclarecidas na investigação, necessária sua continuidade com a adoção de novas diligências investigativas para a completa elucidação dos fatos e a obtenção de evidências suficientes acerca da materialidade e da autoria”, diz a peça assinada por Lindôra.
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Comentários (5)
Humberto
2021-10-08 08:31:44Quando um “Bandido” da política podre de Alagoas enfrenta um “Bandido” da política Miliciana do RJ, nós do povo brasileiro estamos no meio desta podridão , tomando partido é claro do conteúdo da CPI!!!Para todo governo ladrao e incopetente, renasce um punhado de bandidos que estavam no escuro , esperando na espreita a oportunidade de voltar aos holofotes, este é o preço deste sistema político podre!!Nenhum Político Bandido volta se não tiver uma boa causa, exemplo de Renan!!
Um Velho na Janela
2021-10-07 13:43:54Querem melar o relatório da CPI, isso é Chantagem!!! Não passarão!!!
SONIA MARIA DOS SANTOS DAMAZIO
2021-10-07 13:07:21Não posso ouvir o nome do senador e daqueles que não procuram , sinto náusea
FRANCISCO AMAURY GONÇALVES FEITOSA
2021-10-07 10:49:00ué mais um processo contra o beato CaGAlheiros? isto pode atrapalhar os 17 processos de canonização do santo alagoano no STF para homologação no Vatucano.
Joelson Medeiros de Aquino
2021-10-07 08:24:37E Mendes? Vai abordar Weber?