Tony Winston/MS

Pazuello quer transferir 1,5 mil pacientes do Amazonas para outros estados

26.01.21 13:59

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello (foto), afirmou nesta terça-feira, 26, que o aumento exponencial de casos de Covid-19 em Manaus ocorreu de forma “completamente desconhecida para todo mundo“. Ao assegurar que o governo federal tem adotado medidas para “salvar vidas“, o general anunciou que pretende remover 1,5 mil pacientes do Amazonas para outros estados, para “equilibrar a quantidade de demanda e oferta de leitos”.

Investigado pela Procuradoria-Geral da República em razão de sua postura diante do cenário de colapso, Pazuello discursou durante a reabertura do Hospital Nilton Lins para o atendimento de pacientes infectados pelo novo coronavírus na capital manauara.

“Partimos para a remoção de pacientes, inicialmente, para os hospitais federais e, agora, para hospitais do SUS, de estados que estão se oferecendo para receber os amazonenses que precisam ser tratados. Já tiramos 300 pessoas em aviões da FAB e nosso objetivo é chegar a 1,5 mil pessoas removidas”, projetou.

Ao início do pronunciamento, Pazuello enumerou “gargalos de décadas” na gestão do sistema de saúde, como problemas no abastecimento de oxigênio, baixo quantitativo de leitos, falta de profissionais e deficiências na atenção básica.

De acordo com o ministro, a situação acabou agravada pelo atual quadro epidemiológico, com a identificação de uma nova cepa do vírus. “Nós tivemos um salto da contaminação logo no começo de janeiro, triplicando o número de contaminados. Isso foi uma situação completamente desconhecida para todo mundo. Foi muito rápido“, observou.

Pazuello relatou que o ministério encaminhou à Universidade de Oxford todas as informações sobre a variante a fim de entender a real gravidade do problema. “Mandamos todo o material coletado para a Inglaterra, para que a gente tenha uma posição exata sobre o grau de contaminação e de agressividade dessa nova cepa. A tendência é que seja uma cepa que contamine mais, mas com grau de agressividade semelhante à anterior“, disse.

O ministro argumentou que a maior facilidade de propagação da doença “faz a diferença“. “Somando essa diferença aos gargalos que acabei de apresentar, nós chegamos à situação de Manaus. Essa, para mim, é uma análise rápida, simples“, completou.

Para reverter o quadro, conforme o general, o governo escolheu o Amazonas como o estado que, proporcionalmente, recebeu mais doses da vacina contra a Covid-19: 452 mil. Diante do colapso na saúde pública, governadores entraram em acordo e liberaram 5% de doses extras para atender o estado.

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  1. Não há dúvidas de que temos que ajudar os nossos irmãos do Amazonas, apesar da irresponsabilidade de uma parte da população. Mas, esse ministro Pezadello continua sendo incompetente e quer dividir a conta com o Brasil! #forapazuello!!

  2. O especialista em Logística está dando um trabalho né................por sua falta de entendimento da matéria, da sua lucidez e de sua relação com o Rambonaro vai ser condenado e passar por "orelha". Respeitando os enfermos quanto sairá para nós essas transferências? o especialista em logística deveria imaginar que abastecer Manaus com oxigênio sairia mais barato. Isso chama-se "trade-of".

  3. Falou o especialista em Logística....... num avião da FAB, p.ex.,podem ser transportados quantos pacientes? Qual o custo ? Há disponibilidade? Será que está falando sério ou quer espalhar o problema e agravar outras regiões rompais? É incrível a impunidade...nem mesmo uma simples substituição...

  4. Essa história todo tem mau cheiro. Esse hospital que foi ativado agora ( Nilton Lins), já tinha funciona anteriormente como hospital de campanha a preços exorbitantes. E estava aguardando internações desde o início do mês, com a desculpa que faltava oxigênio. Mas nem tds pacientes com covid necessitam de oxigênio. Mas garanto que já estavam recebendo aluguel do governo estadual por um serviço não ofertado. Cadê o ministério da justiça? Revoltante. Agora querem transferir tds os pacientes?

  5. Pazuello deveria pedir demissão do cargo. Imediatamente! É o Ministro mais incompetente, despreparado e desprovido de bom senso a comandar a saúde do País, desde a chegada de Cabral.

  6. É uma coisa sobrenatural esse expansão do vírus. Ninguém sabe como. Foi muito rápido né. Há um ano os Bolsobostas estão negando a doença e sua gravidade. Incentivando aglomeração e o não uso de máscaras. É caso de polícia. Cadeia neles.

  7. É só pedir socorro aos chineses, seu pazuêle mentecapto: eles constroem hospitais especializados em covid19 totalmente equipados em 3 dias!!!!! Quem sabe "seu dono deixa", né mesmo????

  8. Esse 'gargalo de décadas' (vale salientar não só na Saúde) em bom português se chama corrupção deslavada do governo daquele estado e também da capital. Amazonino Mendes que o diga.

  9. Se ele transferir os pacientes, quem recebia " extra" por repasse de internação no Amazonas não irá de receber o extra. As famílias dos corruptos da saúde não vão gostar.

    1. Concordo. Todos bozistas, portanto, genocidas, necrófilos, mentecaptos e incompetentes.

  10. 1.0 Na minha análise general Pazzuelo, o governo federal errou desde o início no enfrentamento da pandemia. Manaus foi somente o ápice de todo o descalabro. Você diz que foi surpreendido por um nova cepa? Mentira. Tivemos um "delay" em relação a outros países a novas cepas, exemplo o Reino Unido. No início da pandemia, o Mandetta era sempre prudente e humilde com relação ao vírus desconhecido. Bolsonaro mandou ele embora e colocou o general para propagandear medicanentos ineficazes.

    1. 1.1 Achava mais por crença absurda, do que pela ciência, que isso resolveria todos os nossos problemas. Medicamento barato, usado preventivamente, acabaria com a pandemia. Esse devaneio fez com que as compras das vacinas fossem prejudicadas. Bolsonaristas tiveram em Manaus o que queriam. Incentivaram as pessoas a irem para as ruas. Agora o senhor vem dizer que foi surpreendido por uma nova cepa. Se fosse prudente e humilde como o Mandetta não seria. Então pessaos morreram por sua empáfia.

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