Os americanos desconfiam (muito) de suas instituições
Pesquisa AtlasIntel também indica que os partidos políticos dividem mais os Estados Unidos do que classe social ou raça
A pesquisa AtlasIntel que mostrou as primeiras impressões sobre o início do governo Donald Trump também questionou os americanos sobre em que instituições os americanos confiam mais. E nenhuma delas se saiu bem.
O melhor desempenho é o do Serviço Secreto, no qual 13% confiam totalmente e 9% confiam muito. Outros 22% têm alguma confiança e 12%, pouca confiança. Mas a grande maioria (44%) diz não confiar nada.
A situação só piora quando se trata de FBI, CIA, Suprema Corte e Congresso. A pior fama de todas é a dos congressistas, em que 42% dos americanos não confiam nada e 29% confiam pouco. Apenas 26% têm alguma confiança, 2% confiam muito e 2% confiam totalmente.
Leia também: Trump está mais popular agora que em 2017
Suprema Corte
A Suprema Corte, cujos ministros são muitos mais discretos que os colegas brasileiros e têm o caráter ideológico mais definido, não tem a confiança de 47% dos americanos — outros 7% confiam pouco, 35% têm alguma confiança, 8% confiam muito e apenas 3% confiam totalmente.
O AtlasIntel ouviu 1.882 americanos de 21 a 23 de janeiro, e a pesquisa, que tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, também os questionou sobre qual é a principal razão para polarização e conflito social no país atualmente.
Partidos políticos
Os partidos políticos aparecem na frente de diferença de classe econômica e de raça nesse quesito: 72% enxergam um conflito muito forte entre democratas e republicanos, e 18% veem conflito forte.
No caso de classes socioeconômicas diferentes, o conflito muito forte é identificado por 41%. A intensidade da percepção de conflito vai caindo progressivamente quando os assuntos são pessoas que vivem na cidade versus pessoas que vivem no campo, pessoas de diferentes origens étnicas e raciais e pessoas que praticam diferentes religiões.
É nesse contexto que a imigração se tornou o maior desafio enfrentado pelos Estados Unidos atualmente para 51,3% dos americanos. O segundo tema mais relevante é a inflação e o custo de vida (40,9%), seguido por economia e mercado de trabalho (33,6%), salvaguardar a democracia (31,4%) e direitos reprodutivos (22,1%).
Entre os assuntos apresentados na pesquisa, os de menor interesse foram o conflito Israel-Hamas (3,6%), a guerra na Ucrânia (3,7%) e a competição entre Estados Unidos e China (4,4%). Os americanos estão claramente mais interessados com o que ocorre dentro de suas próprias fronteiras.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (1)
Amaury G Feitosa
2025-01-28 09:10:01Graças aos Zeuses aqui em Janjolândaia dos Manés não temos a menmor dúvida ... tá tudo pôdre e acolitado numa ditadura criminosa a violar o Estado e massacrar uma Nação pastando.