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Operação Pentiti investiga repasse de BTG Pactual para campanha de Dilma

23.08.19 10:05

Nova etapa da Lava Jato, a Operação Pentiti, realizada na manhã desta sexta-feira, 23, apura informações fornecidas pelo ex-ministro Antonio Palocci, em delação premiada, de que o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, acertou com o ex-ministro Guido Mantega o repasse de 15 milhões de reais para a campanha eleitoral de Dilma Rousseff (foto) à Presidência da República em 2010.

O pagamento teria sido feito para  garantir privilégios ao BTG no projeto de sondas de exploração do pré-sal da Petrobras. Segundo Palocci, parte do valor foi entregue em espécie a Branislav Kontic, ex-assessor de Palocci, na sede do banco.

O BTG teria sido beneficiado com a compra por valores reduzidos de ativos da Petrobras na África, segundo uma das linhas de investigação do Ministério Público Federal. A estatal pode ter tido um prejuízo de 6 bilhões de reais, em valores atualizados.

Os ativos foram avaliados entre 5,6 bilhões de dólares e 8,4 bilhões de dólares, no início do processo de venda. Mas em 2013, metade deles foi vendida por 1,5 bilhão de dólares. As investigações ainda apontam que pode ter havido restrição de concorrência para favorecer o BTG e o acesso do banco a informações sigilosas na transação.

A ex-presidente Graça Foster é alvo da Pentiti porque teria conhecimento do esquema de corrupção existente quando presidiu a Petrobras, entre fevereiro de 2012 e 2015, mas não tentou impedir as irregularidades.

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